No duelo entre o maior campeão da Copa Africana de Nações e o país que nunca havia levantado o título, melhor para quem sonhava com a primeira taça. Em final equilibrada neste domingo (6), em Camarões, Senegal precisou dos pênaltis para derrotar o Egito por 4 a 2, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.
E, se a final colocou frente a frente Mohamed Salah e Sadio Mané, craques, estrelas e companheiros do Liverpool, quem brilhou de verdade estava no gol. Gabiaski, arqueiro do Egito, pegou um pênalti de Mané logo a 6 minutos e fez defesas impressionantes para garantir o 0 a 0.
Mas quem apareceu na hora certa foi Édouard Mendy. O titular do Chelsea pegou pênalti de Lasheen, já na disputa da marca da cal, e permitiu a Mané se redimir do erro no primeiro tempo. O camisa 10 do Liverpool bateu a cobrança decisiva e decretou a vitória senegalesa, campeã pela primeira vez após os vices de 2002 e 2019.
Foi a primeira grande conquista de Mané por sua seleção. O craque tinha batido na trave na edição passada, quando Senegal perdeu para a Argélia, de Riyad Mahrez.
Senegal e Egito, aliás, foram os últimos vice-campeões, nas edições de 2017 e 2019. Agora, em uma espécie de prévia para o duelo que decidirá uma vaga na próxima Copa do Mundo, os senegalenses levaram a melhor e ganham confiança para o próximo confronto decisivo.
Senegal garante o título de forma invicta, após uma vitória e dois empates na primeira fase, somados aos triunfos sobre Cabo Verde, Guinea Equatorial e Burkina Faso no mata-mata. O Egito, que havia vencido Costa do Marfim e Camarões nos pênaltis, não conseguiu levar a melhor dessa vez.
Mané desperdiça chance de ouro
As duas seleções fizeram um primeiro tempo tenso em Camarões, digno de uma final continental. Mas, a 5 minutos, Mohamed Abdelmonem cometeu pênalti em Saliou Ciss e deu a chance para os senegalenses saírem em vantagem.
Mané, que não tem o costume de bater pênaltis no Liverpool, encheu o pé, mas parou em boa defesa do goleiro Gabaski, que caiu no canto direito e espalmou o chute do camisa 10. Foi a grande chance da etapa inicial.
Do lado egípcio, os lances de ataque claramente passavam pelos pés de Salah, mas a estrela do Liverpool, bem como seu colega Mané, não teve atuação das mais inspiradas. Apareceu somente em um chute, bem defendido por Édouard Mendy, goleiro do Chelsea.
Senegal ataca, Egito segura
Senegal voltou “on fire” para o segundo tempo, a ponto de quase abrir o placar aos 11 minutos, em chute de Famara Diédhiou defendido por Gabaski.
Mas, aos poucos, Egito conseguiu equilibrar a partida, se não nas oportunidades de gol, mas truncando a partida e diminuindo os espaços do rival no campo ofensivo.
Mané foi quem mais tentou quebrar as linhas egípcias, mas os colegas não ajudaram. Ciss, por exemplo, teve a chance de cobrar uma falta sofrida pelo colega, com perigo, mas mandou muito longe do gol de Gabaski.
Na prorrogação…
Após mais de 90 minutos de futebol, Senegal e Egito foram para mais meia hora para sair do zero. A iniciativa foi novamente dos senegalenses, que viram Gabaski evitar a abertura do placar em cabeceio de Bamba Dieng.
O goleiro do Egito voltou a ser decisivo novamente após outra finalização de Dieng, que Gabaski se esticou todo para evitar o gol a poucos segundos do fim. Dessa forma, a disputa de pênaltis foi inevitável.
(Re)Encontro marcado
As duas seleções voltarão a se enfrentar em menos de dois meses, para decidir qual vai à Copa do Mundo do Catar, em novembro.https://9ad412e88af3542cb2d26bd5bfa27475.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O sorteio da fase final das eliminatórias da África colocou Egito e Senegal frente a frente de novo. As partidas estão marcadas para os dias 24 e 29 de março. Quem vencer vai ao Mundial. O outro fica pelo caminho.
Ficha Técnica
Senegal 0 (4) x (2) 0 Egito
GOLS: nenhum
NOS PÊNALTIS: Koulibaly (O), Diallo (O), Sarr (X), Dieng (O) e Mané (O) para Senegal; Zizo (O), Abdelmonem (X), Hamdi (O) e Lasheen (X) para Egito
SENEGAL: Édouard Mendy; Bouna Sarr, Kalidou Koulibaly, Abdou Diallo e Saliou Ciss; Cheikhou Kouyaté (Papa Gueye), Idrissa Gueye e Nampalys Mendy; Ismaila Sarr (Boulaye Dia), Famara Diédhiou (Ahmadou Bamba Dieng) e Sadio Mané. Técnico: Aliou Cissé.
EGITO: Mohamed Gabaski; Ashour Emam, Mohamed Abdelmonem, Mahmoud El-Wensh e Ahmed Abou El Fotouh; Hamdi Fathi (Mohanad Lasheen), Amr Al Sulaya (Trézéguet) e Mohamed Elneny; Mohamed Salah, Mostafa Fathi (Marwan Hamdy) e Omar Marmoush (Zizo). Técnico: Carlos Queiroz.
Por ESPN
