Na manhã desta quarta-feira, 14, servidores da educação municipal de Cruzeiro do Sul ocuparam a sede da prefeitura para reivindicar um reajuste salarial de aproximadamente 15%. Professores e funcionários administrativos estão em greve desde o início do mês como forma de pressionar o prefeito Zequinha Lima (Progressistas) a garantir o aumento estabelecido pelo piso nacional do magistério.
A prefeitura propôs quitar a dívida em duas parcelas, a serem pagas em agosto e setembro, porém, a categoria exige que a primeira parcela seja paga em julho. Os professores também pleiteiam a inclusão dos professores provisórios na regra do piso nacional.
Todas as escolas urbanas da segunda maior cidade do Acre estão paralisadas devido à greve, que conta com a participação de cerca de 1.200 professores. O movimento continua por tempo indeterminado.
Apesar de garantido em lei desde 2008, o piso ainda não é cumprido por todos os estados e municípios. Além disso, o reajuste anual garantido aos educadores e educadoras não se estende a todos os trabalhadores e trabalhadoras devido a medidas que ainda não foram adotadas pela União.
A Emenda Constitucional 53, que criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em 2007, aponta que o piso é para todos os profissionais. Dois anos após essa medida ser implementada, a Lei 12.014 incluiu todos os funcionários das escolas, como diretores e agentes escolares, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Conforme o piso nacional do magistério, estabelecido, o salário para uma jornada de 40 horas é de R$ 4.420, e para uma jornada de 30 horas é de R$ 3.315.