Redação Juruá Online
Nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, mais de 13 mil alunos da rede estadual de ensino de Cruzeiro do Sul retornaram às salas de aula para o início do ano letivo de 2025. A volta ocorre em 36 escolas estaduais, sendo 24 na zona urbana e 12 na zona rural, com mais de 80% dos alunos retomando suas atividades escolares.
O coordenador da Secretaria Estadual de Educação em Cruzeiro do Sul, Aderlan Gomes, destacou que o ano letivo começa de forma organizada, com a estrutura das escolas sendo ajustada para garantir um ambiente adequado ao ensino. Segundo ele, algumas escolas ainda não estão com seus quadros completos de professores, mas a lotação está em andamento e deve ser finalizada nas próximas semanas: “A secretaria já está fazendo essa lotação. Não mais tardar esta semana todas as escolas estaduais aqui de Cruzeiro do Sul estarão com o seu quadro completo. Temos alguns dias de preparação, semanas de oficina, de planejamento com os professores”
Outro ponto de atenção da Secretaria de Educação é a implementação de regras relacionadas ao uso de celulares nas escolas. Aderlan afirmou que o Acre ainda não implementou a proibição de celulares em sala de aula, mas a Secretaria está elaborando diretrizes que serão publicadas em breve no Diário Oficial: “A Secretaria Estadual de Educação está já montando as suas orientações, nós temos aí uma lei federal que garante isso, o Estado certamente não será diferente, mas em cima dessa lei vai ser feito orientações de como as escolas irão proceder com relação a essa situação do celular nas instituições de ensino.”

O transporte escolar também recebeu atenção especial para garantir um início de ano sem contratempos. Os ônibus escolares foram identificados com numerações para facilitar a localização das rotas pelos estudantes.
Uma das principais novidades para este ano é a ampliação do Novíssimo Ensino Médio. O modelo será aplicado em escolas de tempo integral, como Flodoardo Cabral, Dom Henrique Ruth e Craveiro Costa, e também em escolas de tempo parcial, como Plácido de Castro, Madre Adelgundes Becker e a Escola Militar Dom Pedro II. A principal mudança é a oferta de todas as disciplinas ao longo dos três anos do Ensino Médio, garantindo uma formação mais completa para os estudantes.
Na Escola Cívico-Militar Madre Adelgundes Becker, os alunos foram recebidos com uma cerimônia especial, que incluiu a presença do bispo Dom Flávio Giovanalle e da banda do 61º Batalhão de Infantaria de Selva.

A diretora da unidade, Altaiza da Silva, ressaltou a importância do momento e destacou que a escola está crescendo, aguardando a aprovação de novas mudanças pela Secretaria de Educação.
Altaiza também pontuou que, embora o calendário estadual deste ano não preveja aulas aos sábados, a escola precisará fazer ajustes devido às enchentes do rio Juruá, que frequentemente afetam a rotina escolar no mês de março: “Segundo a Secretaria, o calendário deste ano não prevê sábados letivos. No entanto, nossa instituição precisa considerar a questão das enchentes. Em nosso bairro, é comum que, no mês de março, ocorra a cheia do rio Juruá, o que acaba interferindo no andamento do ano letivo. Por isso, programamos nosso calendário com alguns sábados letivos para lidar com essas peculiaridades”, disse.
Os estudantes também compartilharam suas expectativas para o novo ano letivo. Felipe da Silva, aluno do terceiro ano, afirmou estar motivado a estudar para ingressar na faculdade, ainda que tenha que se adaptar à nova rotina de acordar cedo após as férias. “É sempre bom começar o ano bem. No começo do ano agora é estudar e entrar para a faculdade e fazer o Enem”, disse.
Já Marco Antônio Oliveira, de 16 anos, comentou que voltar a acordar cedo será um desafio, mas espera melhorar seu desempenho acadêmico em relação ao ano anterior. “Espero melhorar bastante e ser melhor do que ano passado”, disse.






