booked.net

Julian Assange chega em ilha no Pacífico para audiência | CNN Brasil

Compartilhe:

julian-assange-chega-em-ilha-no-pacifico-para-audiencia-|-cnn-brasil

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, chegou na manhã de quarta-feira (26), no horário local, ao Aeroporto Internacional de Saipan nas Ilhas Marianas do Norte. No local, Assange vai participar de uma audiência que se espera que ele se declare culpado de violar a lei de espionagem dos Estados Unidos.

Assange concordou em se declarar culpado em um acordo que colocará fim à sua prisão no Reino Unido, após uma batalha jurídica britânica de 14 anos,  e lhe permitirá retornar para casa, na Austrália.

No acordo, o ativista concordou com uma única acusação criminal de conspiração para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional dos EUA, de acordo com documentos apresentados no Tribunal Distrital dos EUA para as Ilhas Marianas do Norte.

Assange, de 52 anos, chegou ao tribunal em um carro branco. Ele estava vestindo um terno preto e sorriu ao passar pela segurança com sua equipe e o embaixador da Austrália nos EUA, Kevin Rudd.

A ilha no Pacífico foi escolhida devido à oposição de Assange em viajar para o continente dos EUA e pela sua proximidade com a Austrália, disseram os promotores.

Assange deverá ser condenado a 62 meses de pena já cumprida em uma audiência em Saipan às 9h, no horário local, de quarta-feira (26).

Se o juiz aprovar o seu apelo, espera-se que Assange regresse à Austrália, de acordo com a procuração dos EUA.

“Julian Assange chegou ao território dos EUA na ilha de Saipan para formalizar o acordo judicial que nunca deveria ter acontecido”, disse o Wikileaks no X.

Relembre o caso

As autoridades dos EUA em 2019 acusaram Assange em 18 acusações criminais de conspirar com a ex-analista de inteligência do Exército dos EUA, Chelsea Manning, para obter informações confidenciais e publicar ilegalmente os nomes de fontes confidenciais.

Líderes mundiais reagiram sobre a notícia da libertação do fundador do Wikileaks. Organizações de liberdade de expressão saudaram a decisão mas disseram que o caso dos estabeleceu um mau precedente para o jornalismo.

Assange, nascido na Austrália, passou mais de cinco anos em uma prisão de segurança máxima britânica e sete anos escondido na embaixada do Equador em Londres, enquanto lutava contra acusações de crimes sexuais na Suécia e lutava contra a extradição para os EUA, onde enfrentava 18 acusações criminais.

Os apoiadores consideram Assange uma vítima devido a exposição das irregularidades e potenciais crimes dos EUA, incluindo nos conflitos no Afeganistão e no Iraque. Washington disse que a divulgação dos documentos secretos colocou vidas em perigo.

Os governos australianos têm defendido a sua libertação e levantaram a questão várias vezes com os Estados Unidos.

“Para qualquer australiano estar em uma posição de encarceramento prolongado sem resolução legal é uma situação em que o governo deveria defender em seu nome e temos feito isso”, disse o vice-primeiro-ministro da Austrália, Richard Marles, à televisão ABC.

Marles acrescentou que a libertação de Assange não prejudicaria as relações entre a Austrália e os Estados Unidos, seu aliado próximo.

  • 1 de 5

    Julian Assange desembarca em Bangkok, capital da Tailândia.

    Crédito: WikiLeaks via X

  • 2 de 5

    Ativista está a caminho de Saipan, onde deve se declarar culpado de violar a lei de espionagem dos EUA.

    Crédito: WikiLeaks via X

  • 3 de 5

    Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, a bordo de avião em que deixou o Reino Unido após firmar acordo.

    Crédito: WikiLeaks via X

  • 4 de 5

    Acordo marca o fim de uma saga jurídica em que Assange passou anos numa prisão de segurança máxima britânica.

    Crédito: WikiLeaks via X

  • 5 de 5

    Vista do tribunal dos EUA em Saipan antes da audiência de Assange.

    Crédito: Reuters

Compartilhe:

LEIA MAIS

Rolar para cima