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Capacitação de profissionais em aldeias indígenas do Juruá visa redução da mortalidade infantil

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Redação Juruá Online

Cerca de 20 profissionais de saúde estão sendo capacitados para atuar em aldeias indígenas da região do Juruá, com foco na atenção integral às doenças prevalentes na infância. O objetivo é reduzir a mortalidade infantil entre as populações indígenas, nas quais o acesso à saúde enfrenta desafios geográficos e culturais.

A capacitação, que iniciou na última segunda-feira e termina nesta sexta-feira, 18, é voltada para enfermeiros e médicos que atuam diretamente nos territórios indígenas, como nos polos de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo. Esses profissionais são responsáveis por promover a saúde infantil e garantir que os cuidados cheguem de forma adequada às comunidades. Segundo Clídia Santos, coordenadora da educação permanente, “o curso visa ampliar o conhecimento dos profissionais para que estejam mais atentos aos processos de tratamento e promoção da saúde infantil, seguindo diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da UNICESP.”

Clídia explica que o curso é conduzido sob a mentoria de uma multiplicadora, que é uma profissional que já participou de uma capacitação anterior e agora compartilha seu conhecimento com outros profissionais. Dessa forma, ela lidera a realização do curso, colaborando diretamente com a equipe para garantir a transmissão eficaz do conteúdo e a multiplicação do aprendizado entre os participantes.

Isaac Piyãko, coordenador do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) do Alto Rio Juruá, enfatizou a importância dessa capacitação para a redução da mortalidade infantil nas aldeias. “Com profissionais qualificados, podemos impactar diretamente essa questão, oferecendo orientação e cuidados imediatos, essenciais em situações de emergência, especialmente em territórios de difícil acesso”, afirmou. Ele também ressaltou a necessidade de uma equipe preparada para lidar com diferentes culturas e destacou que o território do Alto Rio Juruá abriga 15 povos indígenas, totalizando mais de 20 mil habitantes.

O curso é uma estratégia para enfrentar desafios logísticos, como a seca prolongada e as dificuldades de transporte, que muitas vezes impedem o acesso contínuo às aldeias.

A capacitação, que termina nesta sexta-feira, 18, com uma parte prática realizada no Hospital do Juruá, é parte de um cronograma de capacitações que se estenderá até novembro, abrangendo diferentes áreas da saúde. O objetivo maior é garantir que os profissionais de saúde atuantes nas aldeias indígenas estejam cada vez mais preparados para oferecer cuidados de qualidade e, assim, contribuir para a redução da mortalidade infantil em nível regional e nacional.

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