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Bombeiros confirmam que cerca elétrica que matou adolescente de 14 anos estava irregular

O comandante ainda ressaltou diversas irregularidades na cerca elétrica, desde sua instalação até sua operação. A cerca era composta por arame liso em estacas, não atendendo às normas de altura mínima de 2,5 metros exigidas pela lei. Além disso, a voltagem estava muito além do permitido, marcando 227 volts de potência, conforme medição realizada por funcionários da Energisa. Outro agravante foi a constatação de que a corrente elétrica estava em corrente contínua, o que aumenta a gravidade do incidente.

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Redação Juruá Online

Na tarde deste domingo (05), um acidente elétrico comoveu a cidade de Cruzeiro do Sul. Um adolescente de 14 anos, residente em Mâncio Lima e passando uns dias na casa de sua avó em Cruzeiro do Sul, perdeu a vida ao tentar colher cacau e receber uma descarga elétrica de uma cerca irregular. O sub-comandante do Corpo de Bombeiros, José Carlos, relatou os eventos que levaram à fatalidade: “Neste domingo à tarde, recebemos uma ocorrência de um acidente elétrico envolvendo um adolescente que morava em Mâncio Lima. Ele estava acompanhando um senhor vendendo pipoca quando, ao passar pela rua Antônio Costeira, avistou alguns pés de cacau e ao tentar tirar um fruto, se deparou com uma cerca elétrica. Apesar de haver uma placa, a criança não sabia ler. Ao tentar ultrapassar a cerca, ele recebeu a descarga elétrica e veio a óbito.

O comandante ainda ressaltou diversas irregularidades na cerca elétrica, desde sua instalação até sua operação. A cerca era composta por arame liso em estacas, não atendendo às normas de altura mínima de 2,5 metros exigidas pela lei. Além disso, a voltagem estava muito além do permitido, marcando 227 volts de potência, conforme medição realizada por funcionários da Energisa. Outro agravante foi a constatação de que a corrente elétrica estava em corrente contínua, o que aumenta a gravidade do incidente.

A equipe do Juruá Online procurou a Polícia Civil e falou com Everton Carvalho, delegado responsável pela investigação do caso. Ele esclareceu: “A Polícia Civil, por meio do Núcleo Neic, está investigando o caso. Peritos e investigadores estiveram no local, e o autor certamente será ouvido. As investigações continuam para determinar a natureza desse crime e os eventos que levaram a ele.”

O delegado enfatizou que o fato do adolescente não saber ler foi um fator crucial para o acidente, apesar da sinalização do local. A legislação que regulamenta o uso de cercas elétricas estabelece critérios rígidos, incluindo altura mínima, voltagem máxima e tipo de corrente elétrica permitida. No entanto, fica evidente que essas normas não foram seguidas neste caso específico, resultando em uma tragédia irreparável.

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