Redação Juruá Online

Na manhã desta terça-feira (20), professores das escolas municipais de Cruzeiro do Sul se manifestaram em reivindicação ao cumprimento do acordo formalizado entre a categoria e a Gestão Municipal, a respeito do reajuste salarial dos servidores da educação. Até o presente momento, nada foi resolvido e as escolas da zona urbana e rural seguem com as atividades escolares suspensas, com uma parte dos servidores de apoio trabalhando por escala.

Segundo o presidente do Sinteac, Pedro Lima, como não houve avanço nas negociações, a categoria decidiu fazer esse ato de repúdio e manifestação de forma pacífica. ”Estamos aqui, afim de uma proposta para darmos fim nessa greve. Nós temos insistido, mas só a Prefeitura pode nos ajudar a finalizar a greve”, disse Pedro.

Faltando apenas três meses para encerrar o ano, o não cumprimento do acordo com os servidores da educação afetou diretamente a conclusão do ano letivo, que já estava comprometido em decorrência da pandemia. Os servidores alegam que a greve teve início após os profissionais terem dado um prazo para a prefeitura legalizar a carga horária e não cumprir. No entanto, foi solicitado outro prazo até janeiro do ano de 2023.

Para uma professora, o sentimento é de indignação e tristeza, por ter deixando a sala de aula em busca de direitos. ”Sabemos que o ano letivo falta apenas 3 meses para concluir, e nós sendo obrigados a estarmos aqui reivindicando algo que não é favor e que é nosso por direito, na qual conquistamos”, ressaltou.

Ainda segundo ela, os gestores atuais, prefeito, vice-prefeito e secretário de educação são da mesma classe de educadores. ”O que mais me deixa triste é que não estamos reivindicando algo a alguém que não conhece a nossa causa. Quero aqui me reportar diretamente ao professor Zequinha Lima, Amarísio Saraiva e ao professor Henrique Afonso, ponham a mão na consciência, pois os cargos acabam, mas a nomenclatura de professor será para o resto da vida”, pontuou.