A parlamentar ressaltou que a medicação, sem eficácia reconhecida, pode causar a morte de pacientes.
A vereadora Michelle Melo (PDT) deverá formalizar uma representação no Ministério Público do Acre (MP-AC), na próxima segunda-feira (29), pedindo ao órgão que instaure um procedimento investigatório preliminar para apurar o gasto de R$ 728 mil pelo prefeito Tião Bocalom (Progressistas) em medicamentos como Ivermectina e Azitromicina, que fazem parte do “kit covid” da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A informação foi repassada pelo jornalista Altino Machado em suas redes sociais neste sábado (27). Segundo ele, uma fonte destacou que o procedimento investigatório será conduzido pela Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público, baseado na denúncia de mau uso de verba pública, feita pela vereadora Michelle Melo (PDT), em sessão remota da Câmara Municipal de Rio Branco.
A vereadora frisou que o motivo da denúncia é devido a distribuição dos dois medicamentos no “kit covid”, que não têm eficácia científica comprovada contra a covid-19 e foram condenados pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Após tomar conhecimento de que o prefeito Tião Bocalom continua defendendo os medicamentos para uso precoce na população, Michelle Melo comentou no twitter: “Enquanto a vacina não chega, vamos cuidar da forma como cada um imagina. Na verdade a vacina chega, mas a gestão dele tem sido incompetente para aplicar o imunizante”, declarou.
A parlamentar ressaltou que a medicação, sem eficácia reconhecida, pode causar a morte de pacientes. “Eu não tinha visto o vídeo, estou impactada, por demonstrar total desconhecimento do que fala. Ele não conhece o princípio da benevolência e não maleficência que nos rege”, concluiu.
Via: Contilnet