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Professora acreana resgata familiares barrados em trecho interditado na BR-364 em Rondônia

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A professora Márcia Cristina Alves Freire dirigiu de Rio Branco até o trecho interditado na altura de distrito de Extrema (RO), nesta terça-feira (21), para resgatar três parentes que tentavam retornar para a capital do Acre desde domingo (19).

Os familiares de Márcia foram de carro até a barreira, atravessaram o ponto a pé e encontraram ela e a cunhada dela, Rozy Gomes. O pai dela, José Augusto, o marido, Luiz Edgard, e o irmão Marcelo Freire passaram o fim de semana em uma pousada da família em Fortaleza do Abunã.

“Só está fazendo esse tipo de trajeto agora, por meio de baldeação. Os ônibus saem daqui e vão até lá, e os de Porto Velho saem de lá para Extrema. Só está passando moto, vi que os PRFs deixaram passar, e pedestres. Não passar qualquer outro tipo de veículo”, relatou.

O Acre segue isolado por via terrestre do restante do país, após um trecho da BR-364 precisar ser interditado, no último domingo (19), depois que crateras se abriram no meio da via. A Polícia Rodoviária Federal de Rondônia (PRF-RO) informou que não há previsão para liberação do tráfego de veículos na rodovia.

Márcia Cristina Freire foi buscar o pai, marido e o irmão em Rondônia nesta terça-feira (21) com ajuda da cunhada Rozy Gomes — Foto: Arquivo pessoal

Márcia Cristina Freire foi buscar o pai, marido e o irmão em Rondônia nesta terça-feira (21) com ajuda da cunhada Rozy Gomes — Foto: Arquivo pessoal

Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que é responsável pela manutenção e reparo da via, informou que os serviços de recuperação do trecho começariam na manhã desta terça (21), mas não havia máquinas no local até a tarde.

A professora, que atualmente trabalha como gerente técnica no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), explicou que os familiares tiveram ajuda de um fazendeiro, que tem uma propriedade distante 3 quilômetros do ponto interditado e tem ajudado caminhoneiros que estão ilhados. O carro do pai dela, inclusive, ficou sob os cuidados do gerente da fazenda.

“Tem muita gente, sentido Porto Velho/Rio Branco tem uma fila gigantesca. A PRF está deixando os ônibus se aproximarem para fazer a baldeação. Tem gente com sacola na cabeça, taquinho de lavar roupa que vi hoje, crianças especiais, idosos com dificuldades de locomoção. Foi tudo o que vi durante 40 minutos que fiquei lá”, relembrou.

Márcia contou ainda que não viu máquinas no local para iniciar as obras de reparo. “Não vimos máquinas na pista, não tem nenhum tipo de material para desvio de obra. O que observei lá é que como se fosse uma barragem, tem um açude de um lado e de outro, como choveu bastante deu tipo uma enxurrada. Foi o que o PRF falou para a gente. Estão fazendo uma análise do solo para saber como vão fazer ali o desvio. Mas, por enquanto, não tem máquina e nem nada, a previsão é de que chegaria amanhã [quarta-feira, 22]”, confirmou.

Fila de carros e ônibus se formou ao longo da rodovia por conta da interdição — Foto: Reprodução

Fila de carros e ônibus se formou ao longo da rodovia por conta da interdição — Foto: Reprodução

Com informações g1

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