A produção agrícola do Acre somou 189.333 toneladas em setembro, distribuídas em uma área de mais de 64,4 mil hectares, conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 14.
O levantamento aponta que o feijão foi o destaque do mês, registrando crescimento de 11,5%, seguido pelo café, com alta de 9,4%. Já culturas como arroz e laranja mantiveram estabilidade no período.
Entre as principais produções do estado, a mandioca continua liderando o ranking, com 503.211 toneladas, acompanhada pelo milho (118.983 t) e pela soja (63.138 t) — culturas que formam a base da safra acreana. Em um segundo grupo aparecem a banana (89.249 t) e a cana-de-açúcar (10.119 t), com volumes expressivos, mas inferiores aos das três principais.
A produção de café (5.363 t), laranja (5.260 t) e arroz (4.339 t), embora menor em quantidade, reforça a diversidade agrícola local. O feijão (2.849 t) e o fumo (112 t) completam o quadro, representando parte importante do abastecimento interno e da renda de pequenos produtores.
Os dados refletem uma agricultura diversificada, que combina culturas de alto rendimento com outras de valor estratégico e nutricional, adaptadas às condições regionais do Acre.
Incentivo e tecnologia no campo
A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) vem desempenhando um papel estratégico no fortalecimento da cafeicultura acreana, por meio de ações que estimulam toda a cadeia produtiva. Entre as iniciativas, destaca-se o concurso estadual de qualidade do café, que tem impulsionado o reconhecimento de produtores locais em outros estados e promovido a valorização dos cafés especiais do Acre.
Outra frente de atuação é o Programa de Análise e Diagnóstico de Solos do Acre – Solo Fértil, lançado durante a Expoacre Juruá. O projeto busca aprimorar a qualidade dos solos e aumentar a produtividade agrícola de maneira sustentável, com base em estudos técnicos detalhados das propriedades rurais.
Combinando inovação, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar, o programa reforça o compromisso do estado com o desenvolvimento rural equilibrado, integrando produção e preservação ambiental. A iniciativa deve impulsionar regiões como o Vale do Juruá, que desponta como um novo polo de cafeicultura no Acre.
