Um juiz retirou nesta quinta-feira (12) três acusações no caso que apura subversão eleitoral no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, incluindo duas que o ex-presidente Donald Trump estava enfrentando.
Scott McAfee, magistrado do Condado de Fulton, concluiu que os promotores estaduais não tinham autoridade para apresentar acusações relacionadas ao suposto arquivamento de documentos falsos no tribunal federal.
A autoridade judicial permitiu que o restante do caso avance, incluindo oito acusações contra Trump.
O ex-presidente e outros 14 réus se declararam inocentes de extorsão e outras acusações decorrentes do que os promotores alegam ter sido um esquema para anular a derrota de Donald Trump na Geórgia na eleição presidencial de 2020.
Caso suspenso
O caso está suspenso desde junho, enquanto um tribunal de apelações da Geórgia considera se a promotora principal — Fani Willis, do Condado de Fulton, — deve ser desqualificada por suposta má conduta ligada a um relacionamento que ela teve com um ex-deputado de alto escalão.
A apresentação de argumentos no tribunal de apelações está agendada para dezembro, o que significa que o caso não progredirá antes da eleição, marcada para 5 de novembro, quando Trump enfrentará a vice-presidente democrata Kamala Harris.
A decisão desta quinta está relacionada a alegações de que Trump e seus aliados reuniram uma lista de eleitores fraudulentos e entraram com uma ação civil contestando os resultados da eleição que continham alegações falsas.
A medida significa que cinco das 13 acusações criminais contra o ex-presidente na acusação do ano passado foram descartadas. McAfee rejeitou em março seis outras acusações, incluindo três contra Trump.
Um caso federal separado que Trump enfrenta por supostos esforços para reverter sua derrota eleitoral sofreu grande atraso por uma decisão da Suprema Corte dos EUA que concluiu que os presidentes têm ampla imunidade contra processos criminais por atos oficiais durante o mandato.
Advogado de Trump comemora decisão
Steve Sadow, advogado de Trump, disse que a decisão mostrou que o ex-presidente e sua equipe jurídica “prevalecem mais uma vez”.
Um porta-voz do escritório de Willis não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Em uma decisão separada nesta quinta-feira, McAfee manteve a acusação principal no caso, de extorsão, que foi movida contra todos os réus.