Por UOL Notícias
O jornalista Brent Renaud foi morto hoje em Irpin, na região de Kiev, capital da Ucrânia, segundo a polícia local. O anúncio da morte foi feito pelo chefe de polícia de Kiev, Andriy Nebytov, que publicou uma imagem de Renaud e o crachá dele como membro do jornal The New York Times —que não se manifestou até o momento.
Outros profissionais de imprensa também ficaram feridos, segundo informações iniciais. Hoje, a invasão da Rússia ao território ucraniano chegou ao 18º dia.
Em texto nas redes sociais, Nebytov disse que as forças russas matam “até jornalistas da mídia internacional que tentam mostrar a verdade sobre a inação das tropas russas na Ucrânia”. “Um correspondente mundialmente reconhecido foi baleado em Irpin hoje.”
Nebytov disse entender que a profissão de jornalista tem riscos, “mas o cidadão americano Brent Renaud pagou a vida por tentar destacar a crueldade do agressor”. Brent trabalhava com o seu irmão, Craig. Juntos, eles cobriram as guerras no Iraque e no Afeganistão, o terremoto no Haiti, a primavera árabe no Egito e violência de cartéis de drogas no México.
Segundo a polícia, outros dois correspondentes ficaram feridos e foram levados para um hospital em Kiev. O estado de saúde deles é desconhecido.
Assessor de segurança do governo americano, Jake Sullivan disse à CNN Internacional que ainda buscava mais informações sobre o ocorrido. Para ele, a morte de um jornalista americano “choca e aterroriza”. “E é mais um exemplo do terror de Vladimir Putin [presidente da Rússia], que tem atacado escolas, mesquitas, hospitais, e jornalistas. Por isso, que nós estamos trabalhando tanto para impor consequências severas sobre ele [Putin] e ajudar os ucranianos com todo o auxílio militar que nós conseguimos reunir para também fortalecer as forças em campo.”