O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, expressou preocupação com a escalada de tensões no Oriente Médio após os recentes ataques do Irã a Israel.

Em entrevista ao CNN 360°, Lottenberg destacou a complexidade da situação e a intenção deliberada do Irã em provocar um cenário de violência.

Segundo Lottenberg, os recentes movimentos da ONU e a perda de credibilidade do secretário-geral criaram poucas motivações para o diálogo do lado israelense.

“Israel não pode continuar admitindo que ele vai continuar sendo bombardeado pelo Hezbollah. Israel não pode aceitar que o Irã vai continuar patrocinando esses movimentos terroristas”, afirmou.

Escalada de violência e possível retaliação

O presidente da Conib ressaltou que a situação escalou significativamente, com a morte de importantes líderes de movimentos terroristas.

Ele considera difícil que Israel não responda aos ataques iranianos ocorridos recentemente.

Lottenberg, que estava em Israel durante um ataque anterior de mísseis vindos do Irã, comparou a gravidade dos ataques: “Esses foram mísseis muito mais violentos, muito mais rápidos, quer dizer, tinha aí um papel que não era só para dar sinais, existia intenção deliberada de criar um quadro bastante violento em Israel”.

Condições para diálogo e posicionamento internacional

Lottenberg apontou que o cenário atual é extremamente complexo, e as possibilidades de diálogo são limitadas.

Ele mencionou que uma mudança na situação exigiria a devolução imediata dos reféns, uma rendição, o encerramento dos movimentos terroristas, principalmente do Hamas e do Hezbollah, e um compromisso expresso do Irã de cessar o financiamento desses grupos.

O presidente da Conib também chamou atenção para o silêncio do mundo árabe diante dos acontecimentos, interpretando-o como significativo.

Ele sugeriu que pode haver um movimento não verbalizado, inclusive por parte dos Estados Unidos, possivelmente devido ao contexto das eleições americanas.

“Eu tenho certeza absoluta que os Estados Unidos não concordam com o movimento que o Irã está fazendo, muito pelo contrário, apoiam deliberadamente o movimento de reação e resposta do Estado de Israel”, concluiu Lottenberg.

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