Uma força-tarefa para qualificar pelo menos 470 profissionais da Educação, entre coordenadores pedagógicos e de ensino, professores e gestores de escolas de todo o estado, começou nesta terça-feira, 16, em Rio Branco, promovida pelo governo do Acre, por meio dos técnicos da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE).
O evento de três dias é realizado nas salas de aula da Escola Lourenço Filho e do Centro de Estudos de Línguas, num momento em que todas as instituições de ensino decretaram férias a seus estudantes.
Neste período, os trabalhadores serão atualizados sobre temas variados, que vão desde a análise da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC – documento-referência para a criação dos currículos escolares em todo o país –, ao Projeto Político Pedagógico e à aprendizagem de técnicas para melhorar o desempenho das aulas, lidando com questões socioemocionais dos estudantes, que incluem a ansiedade, a depressão e o bullying, como são chamadas as agressões físicas e psicológicas praticadas entre estudantes.
Sobre o aspecto emocional, segundo explica Gleice Souza, diretora de Ensino da SEE, o período pós-pandemia da covid-19 fez crescer o número de casos de distúrbios psicológicos entre crianças e adolescentes da rede pública de ensino em todo o estado.
“São jovens praticando automutilação, tendo crises de ansiedade, ficando depressivos, apresentando dificuldades de interação entre si, com dificuldades de convívio com os professores e de socialização com a comunidade. Portanto, a ideia é que o Núcleo de Psicologia e Saúde Escolar [da SEE] instrua os profissionais a abordar esse tema tão sensível e relevante nas salas de aula”, detalha.
Representantes de pelo menos 110 escolas da rede de ensino das séries iniciais, que compreendem do 1º ao 5º ano, dos 22 municípios acreanos, participam do curso de formação continuada, até a próxima quinta-feira, 18.
As professoras Dinaura Pinheiro e Maria Lira, ambas do Núcleo da SEE de Sena Madureira, enfrentaram 144 quilômetros de estrada para participar da capacitação. “Hoje em dia, o professor que não se atualiza não só fica para trás quanto vai desempenhar um péssimo trabalho em sala de aula. Então, é válido todo o esforço de estar aqui”, assevera Dinaura.
Maria Lira, por sua vez, acredita que um ensino-aprendizagem ideal só é possível quando o educador se dedica a inovar e a se capacitar. “A escola de hoje é dinâmica e precisa que nós, professores, estejamos atentos às novas tendências para uma educação de qualidade. É por isso que estamos aqui”, diz.
As redes municipais de ensino no Acre não são administradas pelo governo do Estado. No entanto, é um compromisso da SEE capacitar os trabalhadores dos municípios, numa articulação com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e o Conselho Estadual de Educação.
Com informações da Agência Acre