Os trabalhadores da saúde ocuparam a esplanada do Palácio Rio Branco nesta segunda feira, 14, durante o primeiro dia de greve. Usaram um carro de som e colocaram em praça pública as principais reivindicações, que segundo eles, motivaram a paralisação.
Cobravam do governo um posicionamento e prometiam estender o manifesto por tempo indeterminado. Eles só não esperavam que o governador Gladson Cameli aparecesse no movimento. Como sempre faz, Gladson se juntou aos manifestantes e foi ouvir pessoalmente suas demandas. O clima não era hostil. Tanto o governador quanto os manifestantes estavam à vontade. Gladson pediu a palavra e disse que o movimento era legítimo. Reiterou que o governo sempre esteve de portas abertas para negociar e disse que o principal entrave para que as reivindicações sejam atendidas, é jurídico.
Depois, o governador entrou no Palácio, onde o secretário de saúde, Alysson Bestene e o secretário de Assuntos Estratégicos, Moisés Diniz, já discutiam a pauta com os representantes dos oito sindicatos. A conversa entre a equipe do governo e os sindicalistas foi cordial e produtiva. Bestene assegurou que o governo vai encaminhar oficialmente uma contraproposta capaz de atender a maioria dos pontos colocados pelos sindicalistas. Ele espera que o esforço do governo para adequar os pedidos dos trabalhadores ao limite de gastos seja considerado pelo comando de greve.
“Desde o início do governo a gente vem tratando os sindicatos com transparência, respeito e muito diálogo. Aqui foi uma demonstração disso. Um conversa, ética, técnica, respeitosa. Vamos apresentar a contraproposta ainda hoje e atendendo o desejo do governador, saímos daqui com um bom resultado e muita responsabilidade com a coisa pública”, falou Alysson.
Adailton Cruz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, elogiou a tratativa do governo com as categorias, e destacou que o governo tem uma forma diferenciada de receber os sindicatos. “O atual governo, na questão da receptividade com os sindicatos, nem se compara com o governo anterior. Vamos levar o que recebemos como garantia aqui para a categoria decidir. Mas eu, particularmente, creio que os trabalhadores possam aprovar o que foi colocado pelo governo ”, disse Cruz.
Por SECOM