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EUA alertam que ajuda humanitária não chega a quem precisa no norte de Gaza | CNN Brasil

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos alertou nesta segunda-feira (28) que a assistência humanitária não estava chegando às pessoas que precisavam dela em Jabalia, no norte de Gaza, o que, segundo o porta-voz Matthew Miller, os EUA não aceitam.

“Essa é uma das nossas avaliações, comida, água e remédios precisam chegar às pessoas em Jabalia, elas não estão recebendo agora e queremos ver essa mudança”, disse Miller.

O Serviço de Emergência Civil Palestino disse que cerca de 100 mil pessoas ficaram isoladas em Jabalia, Beit Lahiya e Beit Hanoun sem suprimentos médicos ou alimentares. A Reuters não conseguiu verificar o número de forma independente.

A entidade também afirmou que suas operações foram interrompidas por causa do ataque israelense de três semanas no norte de Gaza, uma área onde os militares disseram ter eliminado as forças de combate do Hamas no início da guerra de um ano.

As forças israelenses começaram a operação recentemente na região norte da Faixa de Gaza com o objetivo declarado de impedir que o Hamas se reagrupe. A ofensiva se intensificou desde o assassinato do chefe do Hamas, Yahya Sinwar, há mais de uma semana.

Miller disse que Washington rejeitaria claramente qualquer esforço para criar um cerco, deixar civis famintos ou isolar o norte da região do resto do território.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, levantou com Israel um chamado “plano de generais”, publicado por comandantes militares aposentados e apresentado por amembros do parlamento neste mês, sugerindo que civis palestinos sejam instruídos a deixar o norte de Gaza, que seria então declarado uma zona militar fechada.

Segundo Miller, Israel disse aos norte-americanos que não está executando o plano.

O porta-voz informou que Israel não estava cumprindo todas as condições estabelecidas em uma carta que enviaram ao país no início deste mês, pedindo que tomasse medidas em 30 dias para melhorar a situação humanitária em Gaza ou enfrentaria potenciais restrições à ajuda militar dos EUA, de acordo com autoridades.

“Eles não implementaram totalmente as mudanças que pedimos naquela carta”, disse ele, acrescentando que os Estados Unidos esperariam até o término dos 30 dias antes de oferecer uma avaliação final.

O parlamento israelense aprovou uma lei nesta segunda-feira (28) para proibir a agência de ajuda humanitária da ONU UNRWA de operar dentro do país. 

Miller, antes da aprovação da lei, disse que o governo americano deixou claro para Israel que estão profundamente preocupados com a legislação, pois a UNRWA tem um papel insubstituível na entrega de assistência humanitária em Gaza.

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