Erin Clark estava no trabalho na manhã desta quarta-feira (4) quando recebeu uma série de mensagens de texto de seu filho Ethan dizendo: “Tiroteio na escola agora”.
Clark disse à CNN que seu filho, que está no último ano da escola, ouviu oito ou nove tiros antes de fechar a porta da sala de aula. Ele e outro colega moveram cadeiras e mesas para bloquear a porta.
Veja a conversa:
Na tradução da conversa, Ethan escreveu: “Tiroteio na escola agora. Estou com medo, por favor, não estou brincando”.
“Estou saindo do trabalho”, a mãe respondeu.
“Eu te amo”, o filho manda em seguida.
Ela respondeu: “Eu também te amo baby. Onde você está”.
“Aula. Alguém está morto”, Ethan disse.
“Eu acabei de ver ambulância e polícia indo nessa direção”, ela respondeu.
A mãe disse que ela e outros pais não tinham permissão para dirigir na estrada para a escola, então estacionaram em outra rua e caminharam.
“Quando chegamos à escola, eles nos orientaram a ir ao campo de futebol e encontrar nossos filhos”, disse Clark à CNN. Mais tarde, ela encontrou Ethan seguro nas arquibancadas.
Ela disse à CNN que ficou “absolutamente apavorada” quando leu as mensagens do filho e que “continuou rezando para que ele ficasse seguro”. Clark disse que estava “em choque total que isso estava realmente acontecendo”.
Ataque a tiros em escola deixa ao menos quatro mortos
Pelo menos quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas em um ataque a tiros na Apalachee High School em Winder, Geórgia, nos Estados Unidos, de acordo com a polícia local.
Outras fontes policiais disseram à CNN que pode haver até 30 pessoas feridas, embora não esteja claro quantos dos feridos são causados por ferimentos a bala.
Um suspeito, de 14 anos, foi detido, mas não está claro se o indivíduo realmente frequenta a escola, segundo fontes. O Departamento de Investigação da Geórgia confirmou em uma postagem do X que uma pessoa foi detida. A agência acrescentou que os boatos de que o suspeito foi neutralizado são equivocados.
Os EUA testemunharam centenas de ataques a tiro dentro de escolas e faculdades nas últimas duas décadas, com o mais mortal resultando em mais de 30 mortes na Virginia Tech em 2007.
O ataque desencadeou um debate acirrado sobre as leis de armas dos EUA e a Segunda Emenda da Constituição, que consagra o direito de “manter e portar armas”.
Com informações da Reuters.