Redação Juruá Online
São 120 homens e 7 mulheres participando do programa ‘Presídios Leitores’ na instituição Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul. Além da importância e participação dos encarcerados, eles terão mais conhecimentos e, consequentemente, a redução de pena.
O programa partiu das Universidades e pesquisadores, que ouviram as necessidades das equipes técnicas do IAPEM e a partir desse movimento foram construídos projetos.
Para Maria José Moraes, professora e pesquisadora, nós precisamos de um Brasil que forme leitores. O programa contribui muito dentro do espaço prisional. “O cerimonialista que está fazendo a parte de cerimonial do evento é um reeducando que está na universidade e é bolsista do programara Presídios Leitores. São essas narrativas que motivam a coletividade que hoje realizamos esse trabalho”, destacou.
Em entrevista, um reeducando que está participando do projeto afirmou que se sente agradecido com a organização. “Eu creio primeiro em uma liberdade psíquica, onde se rompe primeiro o cárcere psíquico e depois uma vida lá fora, onde poderemos se integrar a sociedade novamente. Sou formado em letras pela UFAC e fiz até o quinto período de sociologia. Depois que cheguei aqui, sempre incentivo àqueles que moram comigo a ter o hábito da leitura. Já li 18 livros aqui dentro e isso me transformou muito”, explicou.
Segundo o diretor do presídio, Elvis Barros, é uma oportunidade ímpar dos reeducandos, além de estarem reduzindo pena, estão assimilando informações e se debruçando nos livros. “Sabemos que o conhecimento trás liberdade para o ser humano. Eles têm oportunidade de fazer o vestibular e, inclusive, temos alguns que estão cursando o nível superior dentro do presídio”, ressaltou.
Ainda de acordo com o diretor, todos que participam do programa automaticamente tiveram o comportamento transformado para melhor, com benefícios visíveis em todos os sentidos da vida.
