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Deputado Edvaldo Magalhães critica edital de concurso da educação e solicita retirada de videoaulas como critério de avaliação

O parlamentar protocolou uma ação judicial para anular esse critério de avaliação, argumentando que ele inviabiliza a participação de muitos professores, especialmente os que vivem em áreas rurais.

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Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez duras críticas ao edital do concurso da educação, destacando os obstáculos que candidatos estão enfrentando para a gravação de videoaulas exigidas na seleção. O parlamentar protocolou uma ação judicial para anular esse critério de avaliação, argumentando que ele inviabiliza a participação de muitos professores, especialmente os que vivem em áreas rurais.

“É inaceitável que professores sejam obrigados a gastar com estúdios e equipamentos caros para gravar uma videoaula em locais onde não há as condições técnicas necessárias, como nas zonas rurais do Jordão e Santa Rosa”, afirmou Magalhães.

O deputado também apontou a ausência de transparência na avaliação das videoaulas, uma vez que não há registro da avaliação para recurso. “O edital garantiu a fraude do concurso, legalizando uma prática injusta. A única forma de garantir a ampla concorrência é retirar a videoaula como critério classificatório”, defendeu o parlamentar.

No tempo destinado ao grande expediente, Magalhães ressaltou que o Estado, por meio da Secretaria de Educação, foi o responsável por investir na formação de muitos professores que agora encontram dificuldades para atender às exigências do concurso. “É uma contradição imensa. Foi o próprio governo que bancou todos os cursos de formação dos professores leigos, principalmente nas regiões mais isoladas. Agora, são justamente esses profissionais que enfrentam as maiores barreiras para se inscreverem no concurso”, afirmou.

O deputado destacou que esses professores, muitos dos quais formados com o apoio da Universidade Federal do Acre (UFAC), já enfrentam desafios em suas áreas de atuação, especialmente nas zonas rurais. “Nos municípios isolados, esses educadores passaram por formações rápidas e, agora, são os que terão mais dificuldade em participar do concurso devido às condições técnicas exigidas para a gravação de uma videoaula de alta qualidade”, completou.

Ao finalizar, Edvaldo Magalhães reforçou seu pedido para que a Secretaria de Educação faça uma nova atualização no edital, garantindo condições mais justas e transparentes para todos os candidatos. “Faço aqui um apelo para que a Secretaria volte atrás, retire a exigência da videoaula e garanta que o concurso respeite o princípio da ampla concorrência, julgando a capacidade dos candidatos de forma objetiva”, concluiu. O parlamentar também destacou que aguarda a manifestação da justiça em relação à ação judicial que protocolou sobre o tema.

Texto: Andressa Oliveira

Foto: Sérgio Vale

Agência Aleac

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