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De 6 presos, Lázaro foi o único que conseguiu fugir da cadeia em 2018

Lázaro planejou fuga com parceiros de cela no presídio de Águas Lindas (GO), mas foi o único que saiu a tempo pelo buraco feito no teto

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A capacidade de fuga de Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, o homem suspeito de matar quatro pessoas da mesma família no Incra 9, em Ceilândia, e que consegue se livrar há oito dias das buscas feitas por cerca de 200 policiais, já é velha conhecida da polícia e do sistema prisional goiano.

Em julho de 2018, ao tentar fugir junto de outros cinco detentos do presídio de Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, ele foi o único que obteve êxito.

Os agentes prisionais que atuavam na unidade, à época, acionaram a Polícia Militar, que chegou a tempo e evitou a fuga dos homens que dividiam a cela com Lázaro.

Já ele, rápido e ágil, conseguiu passar por um buraco feito no teto do local e se livrou da prisão, pouco mais de quatro meses depois de ter sido preso pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Águas Lindas.

Lázaro foi preso no dia 8 de março de 2018, por suspeita de assassinatos ocorridos na Bahia – ele é natural de Barra do Mendes (BA) –, além de estupro, roubo e porte ilegal de armas no DF.

Ele tinha, na época, três mandados de prisão em aberto. A ausência dele entre os presos do presídio de Águas Lindas só foi sentida, no momento de recontagem dos detentos, após a ação policial no local. Mas, a essa altura, ele já estava longe.

Altas horas

A fuga ocorreu na madrugada, por volta das 2h, do dia 23/7/2018, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP).

Desde então, ele conseguiu ficar longe do alcance da polícia e seguiu cometendo crimes na região do Entorno e no DF, até a chacina que vitimou pai, mãe e dois filhos na região do Incra 9, em Ceilândia, na madrugada de quarta (9/6).

Lázaro, suspeito de triplo homicídio
Reprodução/PCDF
Procedimento interno

Em nota, a DGAP informou que, no período em que esteve preso, Lázaro não se envolveu em outros incidentes internos na prisão.

A fuga foi a única ação desenvolvida por ele que contrariou as regras do presídio. Um procedimentos administrativo disciplinar (PAD) chegou a ser instaurado para apurar as circunstâncias do ocorrido.

Aqueles que seriam os parceiros de Lázaro na fuga, no entanto, fizeram uso do direito de permanecerem em silêncio, quando foram chamados para depor no âmbito da investigação interna.

“A sindicância concluiu que os presos praticaram conduta infracional, em desacordo com a Lei de Execução Penal e crime de dano ao patrimônio”, informa o DGAP. O relatório final foi encaminhado à Vara de Execução Penal, com indicativo de homologação da prática de falta grave em desfavor dos detentos.

Hoje, segundo o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Lázaro possui ainda três ordens de prisão em aberto contra ele.

Uma é de abril de 2018, da Vara Criminal de Barra do Mendes (BA), e as outras duas, uma de abril de 2016 e outra de outubro de 2010, são da Vara de Execuções Penais do DF.

via-Metrópoles

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