Redação Juruá Online
As políticas de promoção da igualdade racial têm ganhado destaque e efetividade em todo o território nacional. Desde 2021, na gestão do prefeito Zequinha Lima, o Departamento da Promoção de Igualdade Racial foi criado para desenvolver atividades essenciais, como visitas a escolas e bairros, além de campanhas diversas em Cruzeiro do Sul. O mês de novembro, conhecido como o Mês da Consciência Negra, é especialmente voltado para reforçar a visibilidade dessas iniciativas e combater o racismo em todas as suas formas.
O encerramento das programações do mês ocorreu nesta quinta-feira, 30, no Teatro dos Náuas, marcando o resultado de uma série de atividades que visaram promover a igualdade racial e combater as injustiças sociais relacionadas à cor da pele. Judmyla Santos, gestora do departamento, destaca que as políticas implementadas visam suprir a necessidade de reparação, reconhecendo que muitos problemas de desigualdade enfrentados nos dias atuais têm suas raízes em questões raciais.
Diversos apoiadores contribuem ativamente para o sucesso do departamento, incluindo a Secretaria de Assistência Social, o CRAS, o CREAS e o Grupo de Apoio ao Serviço Humanitário, liderado pela primeira-dama Lurdinha Lima. A Secretaria Municipal de Educação também desempenha um papel fundamental, com o apoio integral da Prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Durante o mês de novembro, diversas atividades foram realizadas, incluindo apresentações sobre a origem da cultura afro, entrevistas nos meios de comunicação, palestras e outras iniciativas educativas. Para a primeira-dama, Maria de Lurdes Lima, a campanha foi relevante, destacando a importância de levar a questão do preconceito à sociedade.
Essas ações visam conscientizar e sensibilizar a população, buscando a extinção definitiva dos preconceitos raciais no meio social. O departamento não se limita ao mês de novembro, fortalecendo o cenário de promoção da igualdade racial durante todo o ano. A primeira dama conta que vários casos de racismo e bullying já chegaram ao departamento, principalmente cometidos em escolas, reforçando a necessidade contínua dessas iniciativas para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
O encerramento da campanha contou com a presença de muitos alunos, para incluir ainda mais os estudantes a causa. Ana Beatriz, uma estudante de 16 anos, ressalta a relevância dessas campanhas, especialmente em Cruzeiro do Sul, onde casos de discriminação racial são vistos como “normais”. Ela compartilha que já testemunhou amigos enfrentando persistentes episódios de racismo. “As pessoas negras são muito fortes por aguentar esse tipo de preconceito”, afirma a estudante.
Infelizmente, muitos estudantes ainda enfrentam piadas e bullying devido à sua cor de pele, como relata Ana Vitória Xavier, uma aluna de 17 anos, que vivenciou experiências de preconceito racial durante o ensino fundamental. “Todo mundo tem que se respeitar na sua própria cor”, destaca Ana Vitória, sublinhando a importância do respeito mútuo independentemente da cor da pele.