Do Acre para o mundo, o modelo de desenvolvido sustentável praticado na Aldeia Puyanawa, localizada na região do Juruá, no Acre, se destaca no portal da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com o título ‘No coração da Amazônia, um modelo de desenvolvimento que respeita a floresta cria raízes’, a matéria conta a história do Povo Indígena Puyanawa, que, mesmo após o desmatamento que atinge a Amazônia, conseguiu se reorganizar, retomando as práticas culturais tradicionais, além da produção na agricultura, respeitando a floresta e o meio ambiente.
O texto destaca que, embora tenha atravessado um período de invasão e reorganização, o território Puyanawa possui 93% de área coberto por florestas, o que representa um importante modelo a ser reproduzido por outras comunidades, que podem alinhar sustentavelmente o uso consciente das terras com o fator econômico, gerando renda e proteção das florestas.
Na matéria, o cacique do Povo Indígena Puyanawa, José Puyanawa, conta as vivências do seu povo e o trabalho voltado para a manutenção de suas tradições, atrelado às ações de conservação das terras.
Em seu cotidiano, Puyanawa enfatiza: “Há um trabalho extra, sim, mas é exatamente para preservar o que é mais sagrado. Se cortarmos uma floresta, ela nunca mais se recuperará”.
Sobre a visão governamental, com relação às práticas de conservação e preservação das florestas, o texto inclui a fala do governador Gladson Cameli, que destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido no Acre: “O que nós, no governo, mais buscamos é proteger e abraçar cada vez mais os direitos dos povos indígenas. Falar sobre conservação não tem sentido, se não cuidarmos daqueles que vivem na floresta”.
O chefe de Estado disse ainda que, “à medida que o Acre aumentava os esforços para combater o desmatamento, as autoridades perceberam que os povos indígenas, incluindo os Puyanawa, são os melhores guardiões da floresta”.
Entre as ações de governo, foram implementadas políticas que asseguram os direitos à terra dos povos indígenas e o combate à invasão dos territórios. Atualmente são reconhecidos legalmente 34 territórios indígenas e 204 aldeias.
Outra importante ação de governo foi a criação da Secretaria dos Povos Indígenas do Acre (Sepi), liderada pela primeira mulher indígena nomeada secretária de Estado. Francisca Arara é pertencente ao povo Arara Shawãdawa e atua no fortalecimento da cultura indígena, na manutenção da floresta, promovendo também o etnoturismo e a economia nas aldeias. Para isso, sua pasta desenvolve ações e implementa recursos para que os povos originários possam dar continuidade ao trabalho de redução de desmatamento e manutenção das florestas nas terras indígenas.
Em sua fala, a gestora frisou: “Os povos indígenas desempenham um papel muito importante no equilíbrio do clima e na preservação das florestas por serem guardiões. Prestamos um serviço não apenas para nossos territórios, mas para o mundo”.
Agência de Notícias do Acre