booked.net

Com fortes chuvas, Defesa Civil monitora 39 áreas de Rio Branco com risco de deslizamento

"Nunca habitar margens de rios. Normalmente a população que habita esses lugares são pessoas mais vulneráveis e isso leva um certo risco. Durante o período de chuva é preciso ficar muito atento, porque os rios são enormes. Além das enxurradas, temos as descargas atmosféricas, deslizamentos do terrenos e é preciso ficar muito atendo a isso. A melhor forma é deixar o local de risco, que é informado pela Defesa Civil, e habitar lugares mais seguros. Para isso existem os programas de habitação popular e, mesmo que não haja, as pessoas precisam ter consciência de que a vida vale mais", aconselhou.

Compartilhe:

Por Aline Nascimento e Murilo Lima, g1 AC e JAC 1

Com as fortes chuvas que atingem a capital acreana, Rio Branco, a Defesa Civil Municipal monitora 39 áreas que têm risco de deslizamento e desbarrancamento. Nesta sexta-feira (18), equipes do órgão estiveram em áreas próximas à Avenida Antônio da Rocha Viana, no bairro Vila Nova.

Essa área fica perto do Igarapé São Francisco e sofre com desmoronamento de terras. O órgão municipal tem 21 áreas catalogadas, que são locais com riscos geológicos – movimentação de massa -, e são acompanhadas há algum tempo por conta desses riscos.

Há ainda alguns pontos na capital, como às margens do Igarapé São Francisco, que sofrem com risco geológico e também hidrológico, que são suscetíveis a enxurradas, enchentes graduais de rios e outros. Segundo o levantamento da Defesa Civil, atualmente existem pelo 40 pontos em diversos bairros com risco hidrológico.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou, em entrevista à Rede Amazônica Acre, que o monitoramento e acompanhamento dessas áreas é feito constantemente, mas se intensificam no período das chuvas.

Durante as ações desta sexta, Falcão contou que convidou um representante da Secretaria de Infraestrutura do município para verificar as obras de prevenção que são feitas para minimizar qualquer dano.

“Temos várias áreas aqui em Rio Branco de risco, tanto hidrológico como geológico, e é preciso acompanhar para evitar qualquer dano mais severo e também levar a segurança necessária aos moradores de Rio Branco, especialmente”, contou.

O coronel falou que é feita uma avaliação nessas áreas verificando se há residências próximas, que são construídas às margens dos igarapés e córregos. Ele acrescentou que é importante observar se essas já são afetadas de alguma forma.

“Caso sejam afetadas e levando a insegurança aos moradores, pedimos a desocupação, fazemos a remoção de famílias, acionamos a assistência social e todas as outras secretarias do município para levar segurança. O principal e primordial é o salvamento de vidas e deixar que essas famílias fiquem seguras sempre que necessário”, pontuou.

Saída de famílias

Falcão revelou que algumas famílias já foram removidas de áreas de risco e levadas para lugares seguros. Conforme o coronel, o monitoramento nessas áreas é para também evitar que essas famílias voltem para as casas que não oferecem segurança.

“Mesmo com a remoção, pessoas ainda insistem em habitar essas áreas que são de extremo perigo. Então, é preciso que o poder público esteja presente sempre e faça com que essas pessoas compreendam. Também para evitar habitação em lugares”, recomendou.

O coronel falou ainda sobre o temporal que atingiu a cidade Petrópolis, que matou mais de 100 pessoas até esta sexta, e o que pode ser feito para tentar evitar essas tragédias.

“Nunca habitar margens de rios. Normalmente a população que habita esses lugares são pessoas mais vulneráveis e isso leva um certo risco. Durante o período de chuva é preciso ficar muito atento, porque os rios são enormes. Além das enxurradas, temos as descargas atmosféricas, deslizamentos do terrenos e é preciso ficar muito atendo a isso. A melhor forma é deixar o local de risco, que é informado pela Defesa Civil, e habitar lugares mais seguros. Para isso existem os programas de habitação popular e, mesmo que não haja, as pessoas precisam ter consciência de que a vida vale mais”, aconselhou.

Compartilhe:

LEIA MAIS

Rolar para cima