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Autoridades de Gaza exumam quase 400 corpos de Hospital após saída de Israel | CNN Brasil

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Profissionais de saúde no norte de Gaza exumaram pelo menos 381 corpos de valas comuns em torno do Hospital Al-Shifa na terça-feira (9), após denúncia de que as forças israelenses mataram centenas de palestinos e deixaram seus corpos para se decompor durante o cerco de duas semanas ao complexo.

O número de pessoas exumadas hoje não inclui pessoas enterradas dentro dos terrenos do hospital, de acordo com o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, órgão controlado pelo Hamas, Mahmoud Basal.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, disse que várias agências das Nações Unidas estão ajudando nos esforços para recuperar corpos e fornecer “enterros dignos.”

Aqui estão outras fatos que você deve saber:

Acordo proposto: em um comunicado publicado no início da terça-feira, o Hamas disse que o último acordo proposto por Israel não atende às suas demandas. O grupo disse que seus líderes irão rever a proposta e informar a resposta aos mediadores. O principal assessor de segurança nacional do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que pediu aos interlocutores do Hamas que os pressione por uma resposta rápida à proposta.

Relatório sobre crimes de guerra israelenses: crianças em Gaza estão morrendo de “complicações relacionadas à fome” desde que Israel começou a usar a fome como arma – que é considerado um crime de guerra – disse a Human Rights Watch (HRW) em um relatório nesta terça-feira. Israel nega a acusação, apesar da evidência generalizada de desnutrição em Gaza.

Alemanha responde à Nicarágua: a Alemanha reagiu às acusações da Nicarágua na Corte Internacional de Justiça (CIJ) de que tem “facilitado o genocídio” em Gaza por meio de seu apoio a Israel, insistindo que a segurança israelense está no “núcleo” da política externa alemã.

Deputado Gregory Meeks – o principal democrata do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos – diz que ainda não está pronto para assinar a venda de dezenas de jatos de combate F-15 fabricados nos EUA e munições relacionadas a Israel enquanto busca “garantias” sobre como as armas seriam usadas. Além disso, o secretário de Defesa americano Lloyd Austin disse aos parlamentares na terça-feira que, até onde ele sabe, os EUA não têm evidências de Israel cometer genocídio no conflito em Gaza.

Ajuda humanitária: a Turquia anunciou novas restrições às exportações para Israel na terça-feira depois que o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, acusou Israel de negar um pedido de ajuda aérea para Gaza. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, respondeu, dizendo que o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan está “mais uma vez sacrificando os interesses econômicos do povo da Turquia por seu apoio ao Hamas”, acrescentando que Israel “responderá de acordo.” O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Stephane Sejourne, sugeriu que a imposição de sanções da União Europeia poderia ser uma maneira de pressionar Israel a abrir as fronteiras de Gaza para ajuda humanitária. Além disso, o Secretário de Defesa americano disse que o cais militar dos EUA em Gaza, por entregar ajuda por mar, estaria “provavelmente” pronto em 21 de abril. Enquanto isso, a terça-feira foi marcada pelo maior número de caminhões de ajuda que entraram em Gaza desde 7 de outubro, de acordo com a agência de Israel que controla o acesso ao território.

Desdobramentos em campo: as Forças de Defesa de Israel (FDI) mataram o prefeito do campo de refugiados de Al-Maghazi em um ataque no centro de Gaza na segunda-feira, disseram as FDI e o Hamas, que chamou o ataque de “um assassinato covarde.” Além disso, as FDI disseram pela primeira vez que o sistema de defesa aérea marítima conhecido como “Domo C”, a versão naval do Domo de Ferro, interceptou um drone. E, ataques transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah forçaram milhares de pessoas de suas casas ao longo de ambos os lados da fronteira entre o Líbano e Israel.

Atualizações sobre Rafah: o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira que “nenhuma força no mundo” impedirá que as tropas israelenses entrem em Rafah, no sul de Gaza, para eliminar unidades do Hamas que dizem estar lá. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que Israel ainda não disse aos EUA a data da anunciada invasão de Rafah, mas que espera que o governo de Biden veja “colegas israelenses novamente na próxima semana” para discussões sobre o assunto. E o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, não indicou ao secretário de Defesa dos EUA, em um telefonema na segunda-feira, que uma data foi marcada para a incursão de Israel em Rafah, várias pessoas familiarizadas com a ligação disseram à CNN.

Reféns: a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, se reuniu com famílias americans que tiveram entes queridos capturados pelo Hamas. As famílias foram atualizadas sobre os esforços americanos para garantir a libertação de todos os reféns e um cessar-fogo. Os familiares de reféns americanos-israelenses em Gaza também se reuniram com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em Washington, para pressionar pela libertação imediata, de acordo com a Sede do Fórum de Famílias de Reféns.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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