O “Agosto Lilás” traz uma mobilização intensa de diversas instituições, especialmente na justiça e segurança pública, para combater a violência doméstica e reduzir os índices de feminicídio, que se refere ao assassinato de mulheres por causa de seu gênero.
De 2018 a 2024, conforme dados do “Feminicidômetro” do Observatório de Violência de Gênero do Ministério Público do Acre (MPAC), o estado contabiliza 26 processos em andamento pelo crime de feminicídio. Neste período, ocorreram 35 condenações e uma absolvição, enquanto outras oito investigações estão em curso.
Em 2023, o Acre registrou a segunda maior taxa de feminicídios do Brasil, com 2,5 mulheres assassinadas a cada 100 mil habitantes. Até agora em 2024, foram cinco ocorrências desse tipo, metade dos casos registrados em todo o ano anterior.
Os dados revelam também o impacto social do feminicídio: das 74 mulheres vítimas nos últimos sete anos, 57 eram mães, deixando 129 filhos órfãos, uma média de mais de dois filhos por mulher.
O MPAC está comprometido com o enfrentamento à violência e à criminalidade, com estratégias de atuação em diferentes prazos, incluindo duas promotorias criminais em Rio Branco e o Centro de Atendimento à Vítima (CAV), que oferece apoio às mulheres que sofreram violência. Este centro atua como um elo entre órgãos do governo e ajuda na implementação de ações que buscam um alto impacto social.
O Observatório de Violência de Gênero (OBSGênero), parte do CAV, se dedica a desenvolver estudos que apoiem os membros do Júri em casos de feminicídio e outras questões relacionadas à perspectiva de gênero.
Com informações do AC24Horas