O Acre completou nesta quarta-feira, 17 de março, um ano de pandemia, desde que o primeiro caso de coronavírus surgiu no Estado. Desde lá, o cenário só piorou com relação ao número de notificações, internações e óbitos pela doença.
Atualmente, são 63.378 infectados, 52.176 pessoas curadas, 359 internados e 1.140 mortes.
2020, ano em que todo o mundo parou por conta do vírus e que os especialistas previam um colapso no Sistema Único de Saúde (SUS), não foi o pior pico da doença, principalmente no Estado, mas 2021, certamente, preocupou muito mais as autoridades e a população, mesmo com os meses ainda iniciando. Neste último, o número de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou pela primeira vez ao limite de 100% de ocupação.
Alysson Bestene, explicou que os esforços também ultrapassaram os limites.
“Fizemos e continuamos fazendo o que está além dos nossos limites. Temos muito o que avançar, mas a equipe de Saúde está exausta, o governo não tem medido esforços para combater essa pandemia que tem afetado tanto as nossas vidas. Nesse um ano de pandemia, o que pedimos, encarecidamente, é o apoio da população, para que sigamos cumprindo as regras de isolamento social e as medidas de higienização necessárias”, salientou.
Desde o sábado (13), todas as 80 UTIs disponíveis no Baixo Acre estão com 100% de ocupação, incluindo a rede pública e privada.
Quando se trata do Alto Acre, segunda regional de assistência intensiva, as ocupações ultrapassam os 90%.
Em todo o Estado, a quantidade de pessoas grávidas no leitos obstétricos das enfermarias, em tratamento contra à covid-19, também é preocupante. Desde o final de fevereiro, a ocupação ultrapassa os 120%.
Somente nesta terça-feira (16), 39 pessoas estão na fila de espera por leitos, sendo 14 aguardando uma vaga na UTI e 25 pessoas esperando por enfermaria.
Das pessoas transferidas de Rio Branco para Cruzeiro do Sul, 2 foram para enfermaria e outras 2 para a Unidade de Terapia Intensiva.
A porta-voz do governo, Mirla Miranda, destacou que, embora o Acre tenha ultrapassado por diversas vezes o limite de assistência, nenhum paciente morreu, desde o início da pandemia, por falta de atendimento, acompanhamento ou da devida medicação.
“Não tem sido fácil, mas o esforço que o governo e os profissionais de Saúde têm feito para salvar vidas não permitiu que até aqui alguém tenha morrido por falta de assistência, acompanhamento ou medicação”, finalizou
Via-Contilnet