O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson, disse nesta quarta-feira (20) que todas as instalações divididas por sexo no edifício do Capitólio dos EUA seriam reservadas para “indivíduos do sexo biológico”, semanas após a eleição da primeira integrante trans do Congresso.
“É importante observar que cada escritório dos membros tem seu próprio banheiro privado e banheiros unissex estão disponíveis em todo o Capitólio”, disse Johnson em comunicado.
A questão tornou-se um ponto crítico depois que a deputada republicana Nancy Mace apresentou uma resolução para impor essa exigência, que visava a deputada eleita dos EUA, Sarah McBride.
“As mulheres merecem espaços exclusivos para mulheres”, disse Johnson em um comunicado.
McBride, uma legisladora eleita de Delaware, de 34 anos, disse que cumpriria a ordem de Johnson, mas chamou isso de uma distração de questões mais importantes.
“Não estou aqui para brigar por causa de banheiros. Estou aqui para lutar por todos os delawareanos e para reduzir os custos que as famílias enfrentam”, disse ela em comunicado.
Outros democratas disseram que o esforço para excluir pessoas trans dos banheiros de pessoas do mesmo sexo configura intimidação.
McBride concentrou sua campanha eleitoral bem-sucedida em questões econômicas, incluindo proteções para sindicatos e cuidados de saúde e creches acessíveis.
Os direitos dos transgêneros se tornaram um grito de guerra para políticos de direita nos EUA. Legisladores de 37 estados apresentaram pelo menos 142 projetos de lei para restringir cuidados de saúde de afirmação de gênero para pessoas trans e com expansão de gênero em 2023, informou a Reuters, quase três vezes mais que o ano anterior.
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