A sessão de verificação de votos da eleição presidencial na Venezuela é vista com ceticismo por especialistas. Em entrevista à Bastidores CNN, o coordenador do Grupo Estratégia Internacional da USP, Alberto Pfeifer, classificou o processo como “mais um ato de uma coreografia pré-encenada e pré-demarcada”.

Segundo Pfeifer, esta verificação é uma tentativa de “atribuir um formalismo e uma legalidade a uma eleição flagrantemente fraudada”.

Ele enfatiza que o processo eleitoral venezuelano foi “completamente manipulado”, destacando a “ausência de respeito a parâmetros básicos do que corresponde a um regime democrático”.

Oposição ausente e formalidade questionável

Um ponto crucial ressaltado por Pfeifer é a ausência da oposição no processo de verificação. Ele atribui isso ao temor quanto à liberdade de Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, figuras proeminentes da oposição a Nicolás Maduro.

O analista observa que apenas candidatos oposicionistas nanicos e pequenas expressões políticas estão presentes na verificação, servindo apenas para “dar a formalidade necessária” ao processo. Pfeifer prevê que o resultado provavelmente será “apenas a corroboração dos resultados” já anunciados.

Perspectivas para o futuro político da Venezuela

Neste cenário, Pfeifer conclui que o mandato do presidente Nicolás Maduro “deve seguir intacto”. Ele caracteriza todo o processo como uma “farsa” que visa apenas “ganhar tempo” e conferir uma aparência de legalidade a um “processo viciado”.

A análise de Pfeifer levanta sérias questões sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano e suas implicações para a democracia no país. A comunidade internacional continua a observar de perto os desenvolvimentos na Venezuela, enquanto cresce a preocupação com o estado da democracia na nação sul-americana.

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