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Uma em cada 100 pessoas em Gaza foi morta desde 7 de outubro, diz autoridade palestina | CNN Brasil

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Cerca de uma em cada 100 pessoas na Faixa de Gaza foi morta desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou, em 7 de outubro, segundo estatísticas de uma autoridade palestina.

O Ministério da Saúde palestino em Ramallah, na Cisjordânia, anunciou na sua atualização diária desta segunda-feira (8) que ao menos 22.835 pessoas morreram no território sitiado desde o começo dos combates. O ministério gera os seus dados a partir de hospitais na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Esse número significa que 1% da população total do enclave antes da guerra, de 2,27 milhões de pessoas, morreu.

De acordo com o ministério, mais 58.416 pessoas ficaram feridas, o que significa que mais de um em cada 40 habitantes em Gaza ficou ferido no conflito.

No mês passado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que acreditam que mataram dois civis palestinos para cada integrante do Hamas morto, uma proporção que um porta-voz das FDI descreveu à CNN na época como “tremendamente positiva”.

Israel também afirmou que mais de 8 mil dos mortos fazem parte do grupo armado.

O Exército israelense iniciou a operação em Gaza imediatamente depois de o Hamas ter lançado um ataque no sul de Israel, em 7 de outubro, tendo matado mais de 1.200 pessoas, a maioria civis, e capturado cerca de 200.

Alguns dos reféns que foram levados para Gaza foram libertados pelo Hamas em troca de palestinos detidos em prisões israelenses.

Na semana passada, o governo de Israel informou que acredita que 132 reféns do dia 7 de outubro ainda estavam detidos em Gaza, dos quais dezenas são considerados mortos.

Uma em cada 120 crianças morre em Gaza

O Ministério da Saúde palestino afirma que mais de 5.300 dos mortos são mulheres e mais de 9 mil são crianças.

A população infantil de Gaza antes da guerra era de cerca de 1,1 milhão, segundo o Unicef. Isso significa que cerca de uma em cada 120 crianças que viviam no enclave foi morta.

Além disso, segundo dados da organização internacional Save the Children, mais de 10 crianças perdem, em média, uma ou ambas as pernas todos os dias em Gaza desde outubro.

As organizações internacionais têm alertado que a crise humanitária dentro de Gaza é tão profunda que as pessoas correm o risco de morrer de fome.

De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA), 90% dos habitantes do território foram deslocados (quando se movimentam pelos mesmos motivos de um refugiado, mas não atravessam fronteiras).

O chefe de ajuda de emergência da ONU, Martin Griffiths, disse na semana passada que a fome estava “ao virar da esquina”, uma vez que as pessoas em Gaza enfrentam os “mais altos níveis de insegurança alimentar registados”.

As crianças mais novas correm maior risco de morrer de fome, de acordo com uma declaração do Unicef no mês passado.

A organização de ajuda às crianças estimou que, nas próximas semanas, “ao menos 10 mil crianças com menos de cinco anos sofrerão a forma de desnutrição com maior risco de vida, conhecida como emaciação grave, e necessitarão de alimentos terapêuticos”.

A falta de saneamento para os deslocados, que estão amontoados em partes do sul de Gaza, levou à propagação de doenças contagiosas e respiratórias.

Assim, doenças que normalmente seriam facilmente curáveis estão se tornando mortais devido à falta até mesmo do equipamento médico mais básico.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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