O depoimento de Donald Trump no caso de difamação da escritora E. Jean Carroll foi curto. O ex-presidente dos Estados Unidos manteve seu testemunho anterior e negou ter abusado da jornalista.

A questão do abuso não está em jogo, uma vez que Trump já foi condenado no caso. Agora, a justiça avalia se o republicano difamou a jornalista, ao negar o crime e chamá-la de “maluca”.

“100% sim”, disse Trump à advogada Alina Habba em um tribunal federal em Manhattan, quando perguntado se seus comentários em um depoimento de outubro de 2022 no caso de Carroll eram precisos.

Mais cedo nesta quinta-feira, os advogados de Carroll divulgaram trechos do depoimento, no qual Trump chamou a jornalista da revista Elle de “mentalmente doente”, ameaçando processá-la.

“É uma acusação falsa, nunca aconteceu, nunca aconteceria”, disse Trump no depoimento.

Carroll, de 80 anos, está buscando pelo menos US $ 10 milhões em relação às falas de Trump. Em um outro processo, o republicano foi condenado nas acusações de abuso sexual, caso que aconteceu em meados da década de 1990 em um vestiário de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan.

Em maio do ano passado, outro júri ordenou que Trump pagasse a Carroll US$ 5 milhões depois que ele negou ter cometido o crime em outubro de 2022.

Trump, de 77 anos, passou apenas quatro minutos no banco de testemunhas depois que o juiz distrital dos EUA, Lewis Kaplan, que supervisionou os dois julgamentos, disse que não permitiria “repetições” na fala do republicano.