Os soldados israelenses estão sendo instruídos a “ter mais cautela” ao encontrar pessoas à paisana, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, tenente-coronel Jonathan Conricus, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (15). A orientação vem após o exército de Israel dizer que matou por engano três reféns israelenses em Gaza.

As declarações de Conricus seguiram o pronunciamento do porta-voz das Forças de Defesa de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, que disse que “lições e instruções relevantes sobre a identificação de reféns em zonas de batalha foram imediatamente comunicadas a todas as forças do exército em toda a Faixa de Gaza”.

Conricus afirmou que “quase todas as equipes de RPG” e outras que atacam as forças israelenses em Gaza “estavam vestidas com roupas civis”.

“O que dissemos às nossas tropas é que sejam extremamente vigilantes e façam mais uma verificação de segurança antes de lidar com qualquer ameaça que enfrentem no campo de batalha”, disse ele. “Mas o ambiente em que nossas tropas estão é muito desafiador”.

Benny Gantz, integrante do gabinete de guerra de Israel, reagiu à notícia da morte dos três reféns israelenses baleados e mortos acidentalmente em Gaza.

“O coração está partido depois de saber desta tragédia esta noite. Peço acolhimento para as famílias – todo o povo de Israel está chorando junto com vocês”, escreveu Gantz em um post no X, antigo Twitter. “Gostaria de dar força a todas as famílias dos reféns, bem como aos soldados que estão no campo e conduzem uma missão complicada e importante como nenhuma outra antes, desde que o país foi fundado”.

“A dor que acompanha a operação é agora ainda maior devido a este difícil incidente. A nossa responsabilidade é vencer a guerra e parte desta vitória seria devolver os reféns para casa”, continuou ele. “Faremos de tudo para devolvê-los vivos. Tudo.”

Gantz, o antigo ministro da Defesa israelense e rival político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, faz parte do governo de emergência e do gabinete de gestão da guerra formado após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro. Ele estava entre os vários membros líderes da oposição no parlamento de Israel que se juntaram ao gabinete de guerra construído às pressas.

*Com informações de Michael Conte, Tamar Michaelis e Sugam Pokharel.