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Tribunal peruano declara infundado pedido para impedir que primeira-dama deixe o país

Lilia Paredes e o marido, Pedro Castillo, são investigados por supostos crimes de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

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Um tribunal peruano indeferiu nesta sexta-feira um pedido judicial para impedir que a esposa do presidente Pedro Castillo, deixe o país. Lilia Paredes, e o marido estão estão sendo investigados pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

— Se declara infundada a exigência fiscal ao extremo de impedimento de sair do país contra os investigados, Lilia Paredes, David Paredes, Walter Paredes e Hugo Espino — disse o juiz Raúl Justiniano na leitura de sua decisão. — Se resolve ditar uma medida de comparecimento com restrições contra Lilia Paredes por suposta prática de crime de organização criminosa.

A primeira-dama e seus irmãos, David e Walter, estavam conectados virtualmente. A audiência foi transmitida pelo canal de televisão do Poder Judiciário e durou mais de duas horas.

Os investigados devem cumprir algumas restrições, como reportar suas atividades e não sair de suas localidades sem autorização judicial. Ao contrário de seus irmãos, a esposa de Castillo poderá ir ao Palácio do Governo, onde fica a residência presidencial.

O promotor Jorge García indicou que vai recorrer da decisão do juiz. García apresentou a acusação contra a primeira-dama no tribunal na segunda-feira, na qual pediu uma pena de prisão de oito a dez anos pelo suposto crime de tráfico de influência na forma de crime organizado.

A esposa do presidente é supostamente a coordenadora de uma rede de corrupção que atua no ambiente de Castillo, segundo documentos judiciais divulgados pela imprensa.

O pedido para impedi-la de deixar o país incluiu uma quarta pessoa investigada no mesmo caso, Hugo Espino, que confessou ao Ministério Público que era uma figura de proa da família Castillo.

Nesta sexta-feira, o Congresso peruano também iniciou a análise de uma denúncia constitucional apresentada pela procuradora-geral, Patricia Benavides, que acusa Castillo e dois ex-ministros de supostamente formar uma organização criminosa que fraudou contratos em seu benefício.

O presidente de esquerda, que enfrenta seis investigações da promotoria, nega qualquer crime cometido por sua família e diz que é vítima de uma campanha midiática para tirá-lo do poder. Castillo tem imunidade e só pode ser levado a julgamento após o término de seu mandato, em julho de 2026.

Com informações O Globo

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