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Sustentabilidade e renda – relevância do Projeto de Lei 3.980/2024 para os pequenos produtores extrativistas da Amazônia Legal

Minha intenção, com esse projeto, foi oferecer um suporte financeiro aos que vivem na floresta, permitindo que mantenham suas atividades de forma sustentável, sem precisar sacrificar a vegetação nativa.

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Como autor do Projeto de Lei (PL) 3.980/2024, apresentado no Senado, acredito que a proposta representa uma oportunidade crucial para os pequenos produtores da Amazônia e para a preservação do meio ambiente. Minha intenção, com esse projeto, foi oferecer um suporte financeiro aos que vivem na floresta, permitindo que mantenham suas atividades de forma sustentável, sem precisar sacrificar a vegetação nativa.

É alarmante o que vemos acontecer na Amazônia: queimadas, desmatamentos e a perda irreversível de áreas verdes, fundamentais para a nossa biodiversidade. Nesse contexto, vejo a necessidade de implementar políticas públicas que incentivem a conservação, mas que também garantam a subsistência das comunidades que dependem da floresta. O projeto busca exatamente isso: alinhar desenvolvimento econômico a proteção ambiental.

O modelo que proponho é simples, mas poderoso: garantir um benefício financeiro a agricultores familiares e comunidades tradicionais que mantiverem vegetação nativa em pelo menos 80% de suas propriedades. O fato de vincular tal auxílio ao Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal é uma forma de garantir que os recursos cheguem a quem realmente precisa, respeitando a vulnerabilidade desses grupos.

Outro ponto que considero essencial é a utilização de tecnologias de sensoriamento remoto para monitorar as áreas preservadas. Com essa ferramenta, podemos ter um controle mais efetivo sobre o desmatamento e, ao mesmo tempo, evitar as fraudes que frequentemente ocorrem em iniciativas semelhantes.

Entendo serem fundamentais a educação ambiental e a assistência técnica para o sucesso do projeto. Não basta apenas oferecer recursos; é necessário capacitar os agricultores para que adotem práticas sustentáveis para, assim, se tornarem verdadeiros guardiões da floresta.

Admito, no entanto, não serem poucos os desafios. A dependência de parcerias com organismos internacionais e entidades privadas para garantir o financiamento do benefício pode ser um ponto de fragilidade. É importante que o projeto tenha mecanismos de sustentabilidade a longo prazo, para que não fique refém de doações externas.

Além disso, a articulação política necessária para aprovar e implementar essa proposta será crucial. Sei que a Amazônia gera intensos debates e que haverá conflitos de interesse, mas estou convencido de que é um passo importante para a preservação e a qualidade de vida das comunidades locais.

Em suma, acredito que o PL 3.980/2024 pode ser um divisor de águas na relação dos pequenos produtores com a Amazônia. É uma proposta que visa valorizar a floresta em pé, reconhecendo e recompensando aqueles que cuidam dela. O sucesso do projeto dependerá da mobilização de todos nós, em prol de um futuro mais sustentável, não só para a Amazônia, mas para todo o Brasil e o mundo.

Senador Sérgio Petecão (PSD-AC)

Assessoria

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