A Nasa, a agência espacial norte-americana, divulgou nesta semana que um relâmpago de intensidade recorde atingiu um dos seus complexos de lançamento no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, enquanto o foguete da missão Artemis I estava estacionado no local (veja foto abaixo).
Apesar da intensidade do fenômeno, o evento não causou danos para o Sistema de Lançamento Espacial (SNL, na sigla em inglês) da missão nem para a cápsula Orion, que estavam no complexo para uma fase de testes.
Tudo isso teria ocorrido no começo de abril deste ano, quando o relâmpago atingiu o sistema de proteção contra raios do complexo 39B.
“Houve uma tremenda quantidade de energia que foi transferida por este evento”, disse o chefe de tecnologia Carlos Mata, que projetou o sistema para a NASA.
“Após mais de 30 milissegundos, ainda tínhamos quase 3.000 amperes que estavam fluindo pelo solo. Este evento em particular cai nessa pequena porcentagem – menos de 1% – que você simplesmente não espera que aconteça”, acrescentou o especialista.
A Nasa explica que, a título de comparação, as nossas linhas de transmissão de alta tensão geralmente transportam menos de 3.000 amperes para alimentar cidades inteiras.
“Quando começamos a analisar os dados e percebemos que o sistema fez o que o tínhamos projetamos para fazer, acho que não consigo descrever como me senti, sabendo que não decepcionamos ninguém, que fizemos nossa devida diligência, e fizemos certo”, completou Mata.
No próximo sábado, 18 de junho, a Nasa deve iniciar mais uma fase de testes da Artemis I. Segundo a agência, na ocasião, as equipes de lançamento vão ensaiar operações para carregar os tanques do foguete, irão realizar uma contagem regressiva completa de teste, entre outros procedimentos técnicos.
A expectativa é que a cápsula Orion da primeira missão da Artemis, que não será tripulada, seja lançada no segundo semestre deste ano.
Por g1