booked.net

Sobe para 28 mil o número de mortos no terremoto que devastou Turquia e Síria

A ONU teme uma catástrofe ainda maior.

Compartilhe:

Passa de 28 mil o número de mortos nos terremotos na Turquia e na Síria. A ONU teme uma catástrofe ainda maior, como relatam os enviados especiais Murilo Salviano, Igor Arroyo e Danilo Quintal.

A imagem choca e desola: um a um os sacos são colocados na vala e depois cobertos. A despedida aconteceu perto das tendas de socorro.

Gaziantep, um dos epicentros dos tremores, também tem pressa em enterrar seus mortos. Ahmed é refugiado sírio. Mora em Islahiye, na Turquia, e acaba de dizer adeus ao filho.

Mas no quinto dia de resgate, um bebê de apenas dois meses foi resgatado os escombros. Não se sabe se a família sobreviveu.

Em Kahramanmarash, Hediye foi salva. Um homem saiu quase ileso dos escombros. Mohamed, de 12 anos, também. As equipes comemoraram.

Em Kirikhan, bombeiros alemães chegaram a suspender o trabalho, por questões de segurança.

“É um milagre que ainda continuemos a encontrar sobreviventes. Mas a partir de agora, as chances são menores, e a tristeza dos moradores pode se transformar em raiva”, diz o chefe de resgate.

Martin Griffths, chefe de assistência humanitária da ONU, o número de vítimas ainda pode dobrar. É o pior evento dos últimos 100 anos na região disse.

O perigo das operações ficou evidente em um vídeo gravado mostrando partes de um prédio caindo em cima de um socorrista.

A cidade de Antaquia fica bem próxima dos epicentros dos dois mais fortes terremotos. E, por isso, foi uma das mais atingidas. Muitas áreas ficaram completamente devastadas.

Organizações internacionais e governos montaram campos para os sobreviventes. Além do frio, da fome, um dos perigos é o surto de doenças transmissíveis. Em Antaquia, moradores e equipes de resgate disseram ter visto saques.

Cerca de 80 mil pessoas estão em hospitais em todo o país e mais de um milhão em abrigos temporários, diz o governo turco.

Na Síria, a situação também é grave. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados estima que os terremotos deixaram 5,3 milhões sírios desabrigados.

Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, chegou neste sábado Aleppo. Ele levou medicamentos e ficou mais preocupado com o que viu. O temor dele também é de um surto de doenças.

A situação já era precária antes mesmo do terremoto, porque Aleppo esteve no centro da guerra civil Síria. No território, dominado por grupos que os Estados Unidos e a Europa consideram terroristas, a situação é mais delicada.

Até agora, segundo agências internacionais de notícias, muito pouca ajuda entrou, apesar da promessa do governo do ditador Bashar al-Assad de melhorar o acesso.

Com informações G1

Compartilhe:

LEIA MAIS

Rolar para cima