Willamis França
O secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, descartou, na manhã desta segunda-feira, 14, qualquer possibilidade de cancelamento do concurso público da Educação, realizado no domingo, 13, em todo o Estado. Em entrevista concedida em seu gabinete, o gestor fez um balanço da aplicação das provas e reforçou que, apesar das denúncias nas redes sociais, o processo transcorreu dentro da legalidade, com acompanhamento do Ministério Público e outras instituições fiscalizadoras.
“Depois do advento das redes sociais e dos dispositivos eletrônicos, há uma vulnerabilidade maior em relação à circulação de imagens. Mas o certame foi acompanhado pelo núcleo especializado do Ministério Público (UNAT), que esteve presente em todas as regiões de aplicação. Além disso, mais de 300 servidores públicos com fé pública fiscalizaram a prova. Eu mesmo visitei diversas escolas e tudo ocorreu com normalidade”, enfatizou Aberson.
Segundo o gestor, cerca de 34 mil pessoas estavam inscritas no concurso, o maior da história da educação acreana. Mesmo com 35% de abstenção — cerca de 18 mil ausentes —, ele classificou a aplicação como um sucesso.
“O que tivemos foram intercorrências pontuais, como uma situação no ramal Benfica, onde um candidato alegou que o envelope da prova não estava lacrado. Mas foi esclarecido que o lacre é interno e a situação foi devidamente apurada junto à Polícia Civil e ao Ministério Público”, esclareceu.
Aberson também comentou sobre o caso de um celular que tocou em sala de aula, o que gerou dúvidas nas redes. “Esse tipo de ocorrência está previsto no edital. Quando o aparelho faz qualquer som, o fiscal retira imediatamente o candidato, que perde o direito à prova. Isso foi claramente comunicado previamente. As regras eram claras e foram aplicadas com isonomia.”