Uma doença silenciosa, o câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico, e atinge principalmente homens de idade entre 60 e 70 anos — segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 65% dos pacientes têm mais de 50 anos. Ele é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens, e o quinto entre as mulheres.
Apesar de ser tão prevalente entre a população brasileira, o câncer de estômago não apresenta sintomas muito característicos e costuma ser diagnosticado apenas quando já está bastante avançado, diminuindo a expectativa de vida do paciente.
Os principais sintomas são:
- Perda de peso sem causa aparente;
- Diminuição do apetite;
- Desconforto abdominal persistente, principalmente acima do umbigo;
- Dor ao apalpar o abdômen;
- Náuseas;
- Sensação de estômago cheio, mesmo após uma refeição leve;
- Cansaço excessivo;
- Vômito, podendo ter sangue, em alguns casos;
- Presença de sangue nas fezes, fezes escuras e com cheiro forte, em alguns casos;
- Azia constante.
Em alguns casos, o paciente pode apresentar alguns nódulos palpáveis na região abdominal, íngua no pescoço, aumento do tamanho do fígado e pele e olhos amarelados, o que pode ser indicativo de que o câncer já está em uma fase mais avançada. Na presença de sinais e sintomas sugestivos de câncer no estômago, é importante que o gastroenterologista seja consultado para que sejam feitos exames e iniciado o tratamento mais adequado.
O câncer no estômago normalmente não leva ao aparecimento de sintomas em sua fase inicial e, por isso, é comum que seja identificado apenas em estágios mais avançados da doença, o que pode comprometer a eficácia do tratamento e diminuir as chances de cura.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do câncer no estômago é feito pelo gastroenterologista ou clínico geral inicialmente a partir da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.
No entanto, como os sintomas são semelhantes aos de outras doenças que podem afetar o sistema gastrointestinal, são normalmente solicitados exames mais específicos para identificar possíveis alterações no estômago e descartar outras hipóteses diagnósticas, como úlceras gástricas e infecção por H. pylori, por exemplo.
Dessa forma, pode ser recomendada a realização de uma endoscopia digestiva alta para avaliar as características do estômago. Caso durante a endoscopia seja identificada alguma alteração, pode ser coletada uma amostra do estômago para biópsia e, assim, verificar as características das células do local, confirmando ou descartando o diagnóstico de câncer.
Se houver sinais de malignidade, o médico pode solicitar a realização de uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética para verificar o estágio do câncer e, assim, definir o melhor tratamento.
Quem tem mais risco
O câncer no estômago não tem uma causa específica, mas alguns fatores podem aumentar o risco: excesso de peso, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, histórico de infecção por H. pylori e/ou úlceras gástricas não tratadas, exposição frequente e prolongada à radiação, consumo excessivo de alimentos em conserva e histórico de anemia perniciosa, acloridria ou atrofia gástrica, por exemplo.
Por Metrópoles