Redação Juruá Online
Os rios da região do Juruá têm registrado um aumento significativo no número de naufrágios e colisões de embarcações. Somente nos primeiros meses de 2025, sete embarcações naufragaram na região. Nos últimos 10 dias, três colisões foram relatadas, resultando em pelo menos dois naufrágios.
De acordo com o Comandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, Capitão Josadaque Cavalcante, as equipes de mergulho do 4º Batalhão têm sido altamente demandadas para a busca de embarcações, motores e, em alguns casos, vítimas de afogamento. “Tivemos sete naufrágios somente neste ano. Nos últimos 10 dias, registramos três colisões de pequenas embarcações, resultando em naufrágios. Nossas equipes foram acionadas para resgatar motores que afundaram”, explicou o capitão.
Felizmente, até o momento, não há registro de vítimas fatais. No entanto, os prejuízos materiais são consideráveis, especialmente para os proprietários das embarcações. Um dos casos mais recentes ocorreu no Rio Azul, no último sábado, 22, onde uma embarcação que transportava mais de 100 sacas de farinha naufragou. “A embarcação estava acima da capacidade de carga. As imagens mostram que estava bem carregada, o que potencializa esse tipo de ocorrência”, relatou o comandante.
Entre os fatores que contribuem para esses acidentes, estão o excesso de carga, a alta velocidade e a falta de medidas de segurança, como o uso de coletes salva-vidas e a amarração adequada dos motores às embarcações. No caso do naufrágio no Rio Azul, os motores foram encontrados, mas a embarcação foi arrastada pela correnteza e não pôde ser recuperada.
Os bombeiros alertam para a necessidade de maior precaução por parte dos condutores de embarcações. “Grande parte dos acidentes poderia ser evitada se os navegantes respeitassem os limites de carga e velocidade. O risco aumenta significativamente com o excesso de peso e a falta de equipamentos de segurança”, destacou Josadaque Cavalcante.
Com o aumento das cheias na região, as autoridades reforçam a importância da segurança na navegação para evitar novas ocorrências. “O prejuízo material é grande, mas o maior risco é a perda de vidas. A segurança deve ser prioridade”, finalizou o comandante.
