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Rio Juruá se aproxima da cota de transbordo em Cruzeiro do Sul, deixando ribeirinhos preocupados

Até o momento, nenhuma família precisou ser removida, mas uma solicitação de vistoria foi feita por uma família do Bairro da Lagoa, preocupada com os barrotes de sua residência, que correm risco de desmoronamento

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Redação Juruá Online

Nos últimos dias, o Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, tem apresentado um aumento significativo em seu nível, elevando-se cerca de 50 centímetros nas últimas 24 horas e se aproximando da marca de 13 metros, que representa a cota de transbordo. Esse cenário tem deixado os moradores dos bairros ribeirinhos em estado de apreensão.

José Lima, coordenador geral da Defesa Civil local, explicou que, de acordo com as previsões, é possível que a cota de transbordo seja alcançada até quarta-feira, 28.

Até o momento, nenhuma família precisou ser removida, mas uma solicitação de vistoria foi feita por uma família do Bairro da Lagoa, preocupada com os barrotes de sua residência, que correm risco de desmoronamento. Uma equipe da Defesa Civil foi enviada para avaliar a situação e, se necessário, medidas serão tomadas para garantir a segurança da família, incluindo a possibilidade de fornecer aluguel social por meio da assistência social.

Com a previsão de mais chuvas, a Defesa Civil tem mantido um acompanhamento constante da situação em conjunto com o poder público. Além disso, nesta terça-feira, 27, a defesa civil e a prefeitura realizaram visitas às escolas que podem servir como abrigos temporários em caso de retiradas das residências.

O coordenador explica que os rios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter continuam enchendo, e os afluentes continuam subindo; por isso, é certo que a cota de transbordo em Cruzeiro do Sul será ultrapassada.

Tamara Silva, moradora do Miritizal há mais 20 anos, compartilhou suas experiências com as enchentes, destacando a marcante inundação de 2021, que trouxe prejuízos significativos para muitas famílias. Para ela, uma das soluções foi elevar sua própria casa, uma prática comum entre os residentes afetados pelas cheias. “A solução seria mudar de bairro, mas como é um bairro tranquilo, nós gostamos daqui. Isso se tornou algo para a nossa vida”, disse Tamara.

Julia Correia, outra moradora do Miritizal, relatou que enfrenta os transtornos das enchentes há 40 anos, sem que um ano sequer passe sem alagamentos. Sua solução foi construir outra casa para onde transporta seus móveis durante o período das cheias.

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