Redação Juruá Online
Na segunda semana de janeiro, o nível do Rio Juruá apresentou uma leve redução, com uma queda de 70 centímetros entre os dias 7 e 9. Atualmente, o rio está com uma cota de 8 metros e 10 centímetros, o que representa estabilidade em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o nível era de 11 metros e 0,5 centímetros.
Segundo Iranilson Neri, agente da Defesa Civil Municipal, a situação é considerada tranquila, inclusive nos municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. “Estamos monitorando e acompanhando de perto. Caso o rio volte a subir e atinja sua cota de transbordamento, a prefeitura, por meio da Defesa Civil, já está preparada para atuar na retirada de famílias, se necessário”, explicou.
A Defesa Civil tem acompanhado de perto a situação do rio e os impactos causados pelas oscilações do nível da água, especialmente nas áreas mais vulneráveis. “Nós estamos com chuvas abaixo do esperado, mas, como trabalhamos com a natureza e algumas coisas são inesperadas, tudo é possível. Da mesma forma, nos meses de janeiro, fevereiro e até abril, é possível que o rio atinja sua cota de transbordamento, com quase 3 metros de diferença”, explica Iranilson.
A comandante em exercício do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul, tenente Daniela Marques, afirmou que, apesar das chuvas recentes, o Rio Juruá não apresenta risco iminente de transbordamento. Contudo, alertou sobre os acumulados previstos de 20 a 30 milímetros nos dias 9 e 10, que podem causar elevação temporária no nível do rio.
A tenente também enfatizou os cuidados necessários com embarcações durante esse período de oscilação. “É fundamental que os barqueiros estejam atentos à segurança, especialmente em curvas e descidas de balseiros, respeitem a capacidade máxima das embarcações e façam uso do colete salva-vidas, mesmo que saibam nadar”, orientou.
Embora o Corpo de Bombeiros não realize fiscalizações de embarcações, eles reforçam que a negligência com medidas de segurança pode aumentar o risco de acidentes e afogamentos.
Com a chegada dos meses mais intensos do período chuvoso na Amazônia, as autoridades reforçam a importância de medidas preventivas e da colaboração da população para evitar maiores impactos nas comunidades ribeirinhas e nas vias fluviais da região.