Redação Juruá Online – Willamis França

O rio Acre, que banha a capital, chegou a 17,52 metros às 6 horas deste sábado (2) e atingiu a sexta maior cota de sua história, desde 1971, quando o manancial começou a ser monitorado pela Defesa Civil. A maior cheia foi registrada em 2015, quando o rio chegou a 18,40 metros e afetou mais de 100 mil pessoas, gerando caos e obrigando as autoridades públicas a fecharem o trânsito para veículos no centro da cidade.

A cheia do rio Acre já atingiu cerca de 65 mil pessoas em Rio Branco, segundo a Defesa Civil.

O número de famílias desabrigadas é de mais de 2,4 mil, que foram levadas para abrigos públicos ou casas de parentes e amigos. A situação é mais crítica nos bairros Taquari, Seis de Agosto, Cadeia Velha, Airton Sena, Baixada da Habitasa, Baixada da Cadeia Velha, Baixada da Sobral e Triângulo Novo, onde o nível da água chegou a cobrir as casas.

O coordenador da defesa civil na capital, Coronel Claudio Falcão , disse que espera uma estabilização do rio a partir deste domingo (3). “Pois é, sempre estou informando à população que a partir desse domingo, dia 3 de março, nós teremos uma certa estabilidade. Nesse sábado, dia dois, nós já tivemos um princípio de estabilidade, porém o rio começou a aumentar novamente a partir de meio dia, né? Mas nós trabalhamos com a possibilidade de alcançarmos a marca que é que aconteceu em 2023. Nós estamos agora com 17 metros e 54, a marca de 2017, mais de 72. Estamos a 18 cm, mas esperamos que o Rio possa nos dar uma trégua a partir da marcação que ele chegar em 17, 70, 17, 80, não alcançando a marca de 18 metros. Mas de qualquer maneira, é um risco que nós corremos se ele ultrapassar a marca do ano passado e chegar até próximo de 18 metros. Para isso, nós estamos com todo o socorro preparado para poder atender a comunidade”, comentou o coronel.

Nossa reportagem deu uma volta de barco por um dos bairros mais atingidos pela cheia do Rio Acre, o Bairro Taquari, que até então, segundo relato de moradores, está abandonado pelo poder público.

A moradora Francilene comentou com nossa reportagem que todos os anos enfrenta essa dificuldade, e que esse ano foram abandonados pelo poder público, principalmente pela prefeitura que não passa oferecendo nem sequer água para beber. “Nós estamos bebendo água do SAERB porque se quer podemos sair daqui para comprar devido os ladrões virem de barco e roubarem nossas coisas, estamos esquecidos pelo pela prefeitura”, disse a moradora.

Fotos e vídeo: Willamis França