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Resposta da Venezuela não surpreende Itamaraty e não explica problema, avaliam diplomatas | CNN Brasil

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Diplomatas avaliam que a nota divulgada pela Venezuela, em resposta às considerações do Brasil sobre o fim do período de inscrições de candidaturas para as eleições, “não supreende”. Integrantes do Itamaraty avaliam que “tampouco explica o problema do sistema com a inscrição de uma candidata”.

O tom entre manifestações oficiais subiu entre os dois países nesta terça-feira (26), depois da oposição ao governo de Nicolás Maduro afirmar que não conseguiu fazer a inscrição Corina Yoris. 

A indicada pelos oposicionistas não tinha nenhuma restrição para se candidatar. O prazo para a apresentação das candidaturas se encerrou no fim de segunda-feira (25). Os oposicionistas alegam que o sistema de inscrições não permitia a inserção do nome de Yoris.

O Itamaraty se manifestou na tarde desta terça-feira (26) por meio de nota, e expressou “preocupação” com o andamento do processo eleitoral, além de considerar que o impedido da inscrição de Yoris “não é compatível com o Acordo de Barbados”.

O Acordo foi firmado no ano passado e previa eleições presidenciais em 2024, com a participação da oposição. O documento teve intermediação da Noruega, com apoio de diversos países, entre eles o Brasil.

Mais tarde, a Venezuela rebateu o posicionamento brasileiro e divulgou que o país parece “intervencionista” e que o texto “parece ditado pelos Estados Unidos”.

A nota do Brasil, segundo fontes do Itamaraty, foi feita com concordância do Palácio do Planalto. Fontes relataram à CNN que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve “ciente de tudo”.

O Brasil, segundo os diplomatas, teve cautela e aguardou todo o prazo das inscrições das candidaturas para a manifestação para evitar “pré-julgamentos”.

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