O produto interno bruto (PIB) 2021 aponta o crescimento do setor produtivo do Acre e a redução da dependência do setor público. Essa conclusão faz parte do relatório apresentado pelo Estado, por meio das secretarias ligadas ao desenvolvimento econômico, na sala de reuniões da Federação da Indústria do Acre (Fieac), em Rio Branco. A diminuição da taxa de desemprego (6,2%) e o crescimento do PIB foram destacados pelo titular da Secretaria de Governo (Segov), Alysson Bestene. Pare ele, mesmo em um ano difícil no cenário econômico mundial, o estado do Acre se superou e tem perspectivas promissoras para os próximos anos.
“Os números vêm demonstrando a superação de dificuldades. Diminuímos a dependência econômica do governo federal e aumentamos as nossas riquezas. Esse cenário é impulsionado pela força do nosso setor produtivo, mas, também, pelas iniciativas de governo. Essa união entre o setor público e o privado é um pedido do nosso governador para que possamos cada vez mais melhorar a qualidade de vida das pessoas”, analisou Alysson.
A retomada de obras na construção civil também foi apontada pelo titular da Segov como perspectiva de mais crescimento em 2024. “Além das obras de infraestrutura, teremos a construção de mais de 1,6 mil casas. O setor produtivo que foi o protagonista do crescimento de nossas riquezas vai continuar crescendo. Estamos muito otimistas com o andamento da economia” acrescentou.
O titular da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, apresentou o Relatório de Desempenho da Economia Estadual. Mesquita destacou a movimentação do setor industrial e comercial na diversificação de fornecedores, abrindo oportunidades para o Acre.
“O superavit da balança comercial tem crescido a cada ano. A proteína animal e o setor de grãos são exemplos desse superavit. Um pacote de medidas e ações com base na agenda Acre 10 anos garante perspectivas ainda mais positivas para os próximos anos, com investimentos que vão impulsionar todos os setores compromissados com o desenvolvimento. O governador Gladson Cameli é o grande incentivador desses programas que permitem o avanço em desenvolvimento”, disse Assurbanípal Mesquita.
O relatório macroeconômico mostra uma queda na participação do poder público na geração de empregos formais nos últimos doze anos, saindo de 61,8% para 43%; a participação do setor privado no total de empregos formais gerados no mesmo período aumentou de 38% para 57%. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/Rais) elaborados pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan/Dimei).
Com R$ 21,3 bilhões, o PIB do Acre é o quinto melhor do Brasil (6,7%), registrando o maior crescimento dos últimos dez anos. No crescimento acumulado do PIB entre 2003 e 2021, o Acre é o sétimo estado do Brasil em crescimento (78,8%).
A Secretaria de Planejamento prospecta investimentos de R$ 44 bilhões na economia do estado até 2027. Desse total, R$ 2,3 bilhões serão aplicados em infraestrutura; R$ 6,1 bilhões serão para desenvolvimento social e segurança pública. O ambiente de negócios, empreendedorismo e inovação têm previsão de 46,7 milhões em investimentos.
A criação de uma agenda de desenvolvimento econômico com um grupo de trabalho para acompanhamento e monitoramento e, ainda, a implementação do Conselho de Desenvolvimento Econômico estão entre as estratégias definidas na reunião de trabalho para impulsionar ainda mais os dados econômicos nos próximos anos.
Participaram, ainda, da reunião de trabalho o titular da Secretaria de Fazenda, José Amarízio Freitas de Souza; o titular da Secretaria de Agricultura, Luis Tchê; a presidente da Agência de Negócios do Acre, Waleska Bezerra; o presidente do Saneacre, José Bestene; representantes da Secretaria de Planejamento, do Deracre, da Assembleia Legislativa do Estado do Acre; e o vice-presidente da Fieac, empresário João Paulo Pereira.
Por Agência Acre