Redação Juruá Online
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) fazem mais do que apenas tratar transtornos mentais. Eles promovem a inclusão e recuperação dos seus usuários através de atividades sociais que vão além do atendimento clínico.
No sábado, 29, a quadrilha “Quadriloucos” do Caps Náuas se apresentou no Complexo Esportivo do Aeroporto Velho, durante o 5º Festival Junino. O ambiente foi preenchido com risos e música, com os quadrilheiros se esforçando muito para abrilhantar o evento.
Antônio Araújo, usuário do CAPS há três anos, disse orgulhosamente: “Aqui, eu me sinto útil e reconhecido. Essas atividades me ajudam a esquecer os momentos difíceis e a me reconectar com o que gosto de fazer”.
Estudos comprovam que a participação em atividades sociais pode reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, melhorar a cognição e promover um senso de pertencimento. Andresa Silva, que gosta de dançar e cantar, disse: “A música me ajudou a encontrar um propósito. Fiz amigos e, pela primeira vez em muito tempo, sinto que faço parte de algo maior”.
Os profissionais que atuam nos CAPS, como psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, veem de perto os efeitos positivos dessas atividades. A enfermeira Raiane Moraes explica: “O engajamento social é uma parte crucial do processo de recuperação. As atividades ajudam a reforçar habilidades sociais e a construir redes de apoio que são fundamentais para o bem-estar dos nossos usuários”.
Em um mundo onde a saúde mental ainda enfrenta muitos desafios e preconceitos, as atividades sociais nos CAPS emergem como uma luz de esperança. Elas mostram que, com apoio, compreensão e um espaço para se expressar, as pessoas podem superar adversidades e encontrar um caminho de recuperação e inclusão.
Fotos: Diego Silva/Secom