Por Metrópole
O presidente Vladimir Putin minimizou os efeitos das sanções econômicas internacionais e proibiu o Banco Central da Rússia de imprimir mais moeda, ou seja, fabricar mais dinheiro.
Nesta quarta-feira (16/3), Putin afirmou que tem recursos financeiros suficientes para combater os desafios atuais. As declarações foram dadas durante pronunciamento em Moscou.
“Nossa economia e nossas empresas têm todos os recursos necessários para cumprir todos os objetivos determinados. Os desafios devem apenas nos mobilizar”, frisou.
Segundo Putin, a economia russa vai se adaptar à nova realidade desencadeada pelas sanções ocidentais.
Putin determinou o aumento do financiamento em infraestrutura, e disse que o governo precisará fazer mudanças estruturais na economia. O líder russo também prometeu mais suporte para famílias com crianças e garantiu aumento nos pagamentos sociais diante da inflação alta.
Troca de acusações
Antes, Putin acusou o Pentágono, sede dos órgãos de segurança dos Estados Unidos, de “operar laboratórios biológicos na Ucrânia”. O líder russo disse que, sob orientação dos americanos, foram feitos experimentos com antraz, cólera e coronavírus, causador da pandemia de Covid-19.
Nesta quarta, o presidente dos EUA, Joe Biden, chamou o líder russo de “criminoso de guerra”. A Rússia classificou a ofensa como “inaceitável e imperdoável”.
Em pronunciamento transmitido pela TV, Putin foi categórico e disse que os americanos fizeram testes com “doenças mortais”.
“Uma rede de dezenas de laboratórios operava na Ucrânia, onde, sob direção e apoio financeiro do Pentágono, foram conduzidos programas biológicos militares”, salientou.
Putin completou: “Eles estão se esforçando para sumir com os vestígios desses programas secretos. Mas temos todos os motivos para acreditar que eles ficavam perto da Rússia, no território da Ucrânia“.
Nesta quarta-feira, Putin também fez uma série de acusações contra o líder ucraniano. Em declarações no Kremlin, sede do governo russo, ele afirmou que Zelensky tinha planos de atacar Donbass, região separatista pró-russa, e a Crimeia, área dominada e anexada ao território russo em 2014.
Apesar das declarações que inflamam ainda mais o conflito, Putin se disse “aberto” a negociações com a Ucrânia para cessar-fogo.