O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, garantiu que seu governo pode resolver a crise de violência no Haiti. Entretanto, pontuou que seria necessária “uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, o consentimento do país anfitrião e cobrir todas as despesas da missão”.
O presidente disse isso em resposta a um usuário no X, o antigo Twitter, indicando que “o Haiti entrou em colapso”.
Pouco depois, Bukele reagiu a outra postagem sobre o líder de gangue mais notório do país, Jimmy Cherizier, apelidado de “Churrasco” e afirmou: “vimos imagens semelhantes em El Salvador há alguns anos. Gangues ‘tomando banho’ com os crânios de suas vítimas”.
O presidente de El Salvador, que se autointitula “o ditador mais legal do mundo”, é reconhecido por sua guerra contra as gangues em seu país.
Ainda na postagem, ele reiterou que, embora todos os especialistas dissessem que os grupos criminosos não podiam ser derrotados, porque “eram parte intrínseca” da sociedade, ficou demonstrado que “eles estavam errados e nós os destruímos”.
Então, acrescentou que “o mesmo deveria ser feito no Haiti”.
Ações em El Salvador foram criticadas
O estado de emergência promovido por Bukele durante pouco menos de dois anos foi criticado por vários analistas e observadores internacionais, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, que denunciaram supostas violações sistemáticas dos direitos humanos.
Após a sua reeleição, Bukele reconheceu que a Polícia de El Salvador pode ter cometido erros na aplicação da política de segurança do seu governo, mas defendeu as medidas de segurança que implementou.
Uma reunião da Comunidade do Caribe e do Mercado Comum (Caricom) sobre o Haiti acontece nesta segunda-feira (11) em Kingston, Jamaica.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está presente, assim como a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, mas não está claro se o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, compareceu ao encontro.
Em 2023, El Salvador já se tinha colocado à disposição do Haiti para ajudar a reduzir as taxas de criminalidade.