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Poluição no ar pelo acúmulo de fumaça acende alerta em Cruzeiro do Sul

Além da preocupação com o meio ambiente, as queimadas afetam também diretamente a saúde da população, principalmente das pessoas que fazem parte do grupo de risco.

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Redação Juruá Online

O verão amazônico deste ano (2022) deixou o Vale do Juruá em situação de seca, o que facilitou o surgimento de queimadas, ocasionando assim acúmulo de fumaça na atmosfera.

Durante esse período, em Cruzeiro do Sul é bastante comum se encontrar focos de queimadas, embora as autoridades públicas alertem quanto aos riscos para a fauna e flora.

“A gente observa que realmente a cidade, principalmente no final da tarde, está tomada por fumaça e não se sabe ao certo de onde que está vindo, porque os municípios vizinhos aqui também têm apresentado muitos focos de calor”, explicou Josadac Cavalcante, Comandante do Corpo de Bombeiros.

Ainda segundo Cavalcante, acredita-se que boa parte da fumaça venha da região de Tarauacá e Feijó, por se estar registrando muitos focos de queimadas.

“Ultimamente tem voltado a subir a quantidade de ocorrência relacionada a incêndio vegetação. Porque após essa frente fria que chegou, a gente teve um período sem chuvas, então isso tem intensificado as ocorrências e ontem tivemos uma ocorrência já de grande vulto em mais de 12 hectares queimados ali na região do Belo Jardim”, disse Cavalcante.

No período de estiagem, o número de queimadas na região é preocupante. Em agosto de 2021, o Corpo de Bombeiros registrou 164 focos de incêndio.

“A gente começa a ter uma preocupação também, porque nas últimas semanas a gente tem um verão mais intenso. Até então, a gente tinha ali chuvas, intercalando o período de estiagem, mas agora a gente já não tem mais a presença de chuva. Então a tendência é que nesse próximo mês, esse índice comece a aumentar exponencialmente”, pontuou o comandante.

Além da preocupação com o meio ambiente, as queimadas afetam também diretamente a saúde da população, principalmente das pessoas que fazem parte do grupo de risco.

“Através da queima de biomassa, ela libera elementos tóxicos nocivos, principalmente um elemento chamado monóxido de carbono, que é o elemento que, quando ligado a corrente sanguínea, pode causar alguns efeitos deletérios na saúde do ser humano”, afirmou o médico Rondney Brito.

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