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Policial diz que presídio no Acre é ‘bomba relógio’; apenas 4 policiais cuidam de todas as celas

A falta de policiais efetivos acarreta na sobrecarga de trabalho dos agentes de Segurança.

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O comissário da Polícia Penal do Acre, Adriano Marques de Almeida, enviou um artigo à reportagem, nesta semana, denunciando a situação do Presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.

No texto, o membro da Associação Internacional de Polícia (IPA) diz que o FOC é “um bomba relógio prestes a explodir” e que apenas 4 policiais penais garantem a segurança do espaço.

“Com um efetivo reduzido de policiais penais e um número alarmante de presos, a segurança dentro do complexo está comprometida. Possuindo um pavilhão com mais de 500 detentos que conta apenas com a presença de 04 policiais penais para garantir a ordem e a integridade de todos”, destaca.

Ainda de acordo com ele, a falta de policiais efetivos acarreta na sobrecarga de trabalho dos agentes de Segurança. “A falta de pessoal resulta em longas jornadas de trabalho, cansaço físico e mental, o que pode comprometer a qualidade do serviço prestado e até mesmo a segurança dos próprios profissionais”, desabafou.

Adriano Marques é policial penal/Foto: Reprodução

Adriano denuncia também a falta de recursos financeiros para a gestão do Complexo Penitenciário.

O comissário finaliza lembrando da rebelião que ocorreu em 2016 no Francisco de Oliveira Conde, que matou 4 pessoas e deixou 19 feridos.

“É imprescindível que sejam adotadas medidas urgentes para solucionar essa situação e garantir um ambiente prisional seguro e adequado para todos”.

CONFIRA O ARTIGO NA ÍNTEGRA: 

FOC – O barril de pólvora: A situação precária do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde

Por Adriano Marques de Almeida*

O Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde (FOC) tem se tornado cada vez mais uma bomba-relógio prestes a explodir. Com um efetivo reduzido de policiais penais e um número alarmante de presos, a segurança dentro do complexo está comprometida. Possuindo um pavilhão com mais de 500 detentos que conta apenas com a presença de 04 policiais penais para garantir a ordem e a integridade de todos.

A falta de recursos humanos é um problema grave enfrentado pelo FOC. A superlotação é uma realidade que não pode ser ignorada, e a ausência de profissionais suficientes para lidar com essa demanda é um fator preocupante. Como por já exemplificado apenas 04 policiais penais para cuidar de um número tão grande de presos, fica evidente que a segurança está em risco.

Os desafios enfrentados pelos policiais penais no FOC são inúmeros. Além da falta de efetivo, eles também precisam lidar com a pressão diária de manter a ordem em um ambiente hostil e perigoso. A violência entre os detentos é constante, e a presença insuficiente de policiais penais dificulta ainda mais o controle dessas situações.

A falta de recursos financeiros também impacta diretamente na segurança do complexo. A ausência de investimentos em equipamentos de segurança e tecnologia torna o trabalho dos policiais penais ainda mais difícil. Sem ferramentas adequadas para atuar, eles enfrentam obstáculos significativos na manutenção da ordem e prevenção de incidentes.

A sobrecarga de trabalho dos policiais penais é um problema que merece atenção. Com um número tão reduzido de profissionais, eles têm que se desdobrar para realizar suas atribuições de forma eficiente. A falta de pessoal resulta em longas jornadas de trabalho, cansaço físico e mental, o que pode comprometer a qualidade do serviço prestado e até mesmo a segurança dos próprios profissionais.

É fundamental que sejam tomadas medidas urgentes para solucionar essa situação alarmante. O aumento do efetivo de policiais penais é essencial para garantir a segurança não apenas dos detentos, mas também dos próprios profissionais que trabalham no FOC. Além disso, investimentos em infraestrutura e tecnologia são necessários para fortalecer a segurança do complexo.

A conscientização sobre a importância de investir na área prisional também é fundamental. O sistema penitenciário é responsável por reabilitar os detentos e prepará-los para a reinserção na sociedade. No entanto, sem as condições adequadas de segurança, esse objetivo se torna ainda mais difícil de ser alcançado.

Para finalizar, o Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde enfrenta sérios desafios de segurança devido ao efetivo reduzido de policiais penais e a superlotação. A falta de recursos humanos e financeiros compromete a segurança tanto dos detentos quanto dos próprios profissionais. É imprescindível que sejam adotadas medidas urgentes para solucionar essa situação e garantir um ambiente prisional seguro e adequado para todos.

Importante registrar que o número de vagas que foi disponibilizado no atual concurso não vai suprir a necessidade de servidores e na última rebelião acontecida na FOC deixou quatro mortos e 19 feridos em 20.10.2016 no setor conhecido como “Chapão”. Atualmente na FOC poucas guaritas de segurança tem condições para os policiais penais trabalharem.

*Adriano Marques de Almeida é Comissário de Polícia Penal do Estado do Acre, Membro da Associação Internacional de Polícia – IPA, Doutorando em Ciências Jurídicas pela Faculdade do Museu Social da Argentina, Master of Business Administration – MBA em Diplomacia, Políticas Públicas e Cooperação Internacional pela Faculdade Intervale, Master of Business Administration – MBA em Administração Pública pela Faculdade Facuminas, especialista em Crime Scene Ivestigation – CSI pela Faculdade Faculeste, especialista em Inteligência Policial, Direito, Segurança Pública e Organismo Policial pela Faculdade Iguaçu e Bacharel em Direito pela Uninorte.

Com informações do Contilnet

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