Pela segunda vez, a Polícia Civil do Acre, por meio do Instituto de Identificação, realizou uma ação no Presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, para emitir carteiras de identidade aos detentos. A iniciativa, que abrangeu tanto a ala masculina quanto a feminina, atendeu 31 pessoas que não foram atendidas na primeira ação.
A ação teve como principal objetivo garantir o direito à identificação civil dos detentos, promovendo dignidade e cidadania. De acordo com Jonas Oliveira, policial civil e coordenador do Instituto de Identificação no Juruá, a falta do documento de identidade pode atrasar o andamento dos processos judiciais, prejudicando os internos.
“Eles são brasileiros, cidadãos e cidadãs que merecem e precisam do documento de identidade, pois isso lhes proporciona a possibilidade de acelerar o processo ao qual cada um responde. Sem esse documento, o processo fica travado e, consequentemente, eles são prejudicados”, explicou Jonas Oliveira.
Durante a ação, foram realizadas as etapas iniciais do processo de emissão das identidades, que envolve 19 etapas no total. A previsão é que as carteiras sejam entregues aos internos em cerca de 30 dias.
Além das ações no presídio, o Instituto de Identificação tem se destacado pelo atendimento em outras localidades específicas, incluindo zonas rurais e urbanas, além de casos domiciliares envolvendo idosos, pessoas com deficiência, e autistas.
“Nós realizamos atendimentos não apenas em todos os postos do Estado e delegacias, mas também prestamos serviços domiciliares, tanto na zona rural quanto na zona urbana. Atendemos pessoas em situações específicas, como idosos, indivíduos com problemas de saúde mental ou física e autistas. Inclusive, os autistas são atendidos à noite, pois, muitas vezes, não conseguimos realizar o atendimento durante o dia. Também nos deslocamos até a casa de menores e comunidades como os Vicentinos, além de ações realizadas no presídio do Vale do Juruá, Manoel Neri da Silva. Dessa forma, a Polícia Civil amplia o atendimento de emissão de identidade em todo o estado, abrangendo todos os setores e alcançando a sociedade como um todo. Embora a ação mais recente tenha ocorrido no presídio de Cruzeiro do Sul, é importante destacar que a OCA e a Polícia Civil também oferecem esse tipo de atendimento ao público em geral”, ressaltou Jonas Oliveira.
