Willamis Franca

No episódio mais recente do podcast “Conversa Franca”, o estudante de medicina Charlie Alves, da Universidade Federal do Acre (UFAC), compartilhou sua visão sobre o ganho de massa magra e o controverso uso de anabolizantes. Charlie, conhecido por sua dedicação acadêmica e interesse em integrar inteligência artificial à ciência médica, ofereceu uma análise crítica sobre a endocrinologia do futuro e o papel dos profissionais de saúde nesse contexto.

Durante a conversa, Charlie trouxe à tona uma observação surpreendente: muitos educadores físicos demonstram um conhecimento mais aprofundado sobre anabolizantes e testosterona do que os próprios médicos. “Na maioria das vezes, esses caras que são educadores físicos entendem muito mais de anabolizante e testosterona do que os médicos, justamente pelo fato de que o médico não estuda esse assunto direito”, comentou ele.

Entretanto, Charlie ressaltou a importância do acompanhamento médico no uso dessas substâncias. Ele explicou que, apesar do conhecimento técnico dos educadores físicos, os médicos possuem uma visão holística da saúde do paciente, o que é crucial para monitorar os efeitos colaterais dos anabolizantes, como danos ao fígado, rins e coração. “É importante ter um médico ao lado, sim”, enfatizou.

Charlie também abordou o dilema ético em torno da prescrição de anabolizantes para fins estéticos. Ele duvida que a maioria dos médicos concordaria em prescrever essas substâncias simplesmente para melhorar a aparência física, sem antes assegurar que o paciente tenha uma base sólida nos quatro pilares essenciais: saúde mental, treino, dieta e descanso.

O estudante concluiu com uma reflexão sobre a disciplina dos grandes campeões de musculação, argumentando que, mesmo sem anabolizantes, os verdadeiros vencedores seriam aqueles com a maior dedicação e disciplina. “Se não existisse anabolizante no mundo, esses caras também seriam campeões, porque a disciplina deles é que define o campeão”, afirmou.